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Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky: retirada foi decisão necessária para salvar a vida dos soldados.| Foto: EFE/EPA/SERGEY DOLZHENKO

As forças armadas da Ucrânia anunciaram na madrugada deste sábado (17) a retirada das tropas ucranianas de Avdiivka, cidade do leste do país que nos últimos meses se tornou um dos campos de batalha mais intensamente disputados com a Rússia.

A decisão ocorreu após a intensificação dos ataques do Kremlin à área ao longo dos últimos meses, com investidas aéreas e terrestres, e foi anunciada pelo chefe do Exército ucraniano Oleksandr Tarnavskyi em seus perfis nas redes sociais Facebook, X (antigo Twitter) e Telegram.

“Com base na situação operacional que se desenvolveu em torno de Avdiivka, com o objetivo de evitar o cerco e preservar a vida e a saúde dos militares, foi tomada a decisão de retirar nossas unidades da cidade e transitar para uma posição defensiva em linhas mais vantajosas”, escreveu o comandante.

A retirada das tropas ucranianas de Avdiivka marca o maior ganho para Moscou desde a captura da cidade de Bakhmut no ano passado, indicando uma virada a favor de Putin na guerra. Enquanto isso, a pressão contra a Ucrânia na frente oriental é agravada pela escassez de munições e pessoal.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reforçou o posicionamento do general Tarnavskyi afirmando que a retirada das tropas de Avdiivka aconteceu para salvar as vidas dos soldados. Mas garantiu que o recuo dos homens para outras frentes não significou a tomada do local.

"Para evitar um cerco, foi decidido recuar para outras linhas. Isso não significa que recuaram por quilômetros e a Rússia tomou algo, não tomou nada", afirmou, durante a Conferência de Segurança de Munique, que começou nesta sexta (16) na Alemanha reunundo cerca de 50 chefes de estado e de governo. A ofensiva russa contra a Ucrânia é um dos temas centrais do debate.

Avdiivka tem sido alvo no conflito desde que combatentes apoiados pela Rússia tomaram grandes porções da região de Donbas, incluindo a cidade vizinha de Donetsk, em 2014. A cidade segue sob ataque desde que a Rússia lançou sua invasão em larga escala contra o país vizinho em fevereiro de 2022.

A saída das tropas foi considerada "a única solução correta" pelo comandante Oleksandr Tarnavskyi. Mesmo assim, durante a retirada, alguns soldados da Ucrânia foram capturados pela Rússia, informou o chefe das forças ucranianas.

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