O ex-presidente e candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira (17) que o atual mandatário americano, Joe Biden, deve retornar à disputa pela Casa Branca, que seria “seu lugar de direito”.
Numa postagem na sua rede social, Truth Social, Trump compartilhou uma notícia do site da Fox News, sobre uma denúncia protocolada na Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) na quarta-feira (16) pelo think tank Centro para os Direitos Americanos (CAR) contra a CBS.
O CAR criticou o fato de a emissora ter editado um trecho de uma entrevista com a candidata democrata, a vice-presidente Kamala Harris, no famoso programa 60 Minutes. Uma prévia da entrevista, divulgada para promover o programa, foi ridicularizada pelos republicanos, por mostrar uma fala confusa de Kamala.
Na edição final do 60 Minutes, o trecho foi editado, o que o CAR apontou que representaria “uma distorção deliberada do noticiário — uma violação das regras da FCC que regem as obrigações de interesse público das emissoras”.
“O 60 Minutes deve ser imediatamente retirado do ar - interferência eleitoral. A CBS deve perder sua concessão. Este é o maior escândalo da história da televisão. Kamala deve ser investigada e forçada a sair da campanha, e Joe Biden deve receber permissão para retomar seu lugar de direito (ele obteve 14 milhões de votos nas primárias, ela não obteve nenhum!). Todo este evento sórdido e fraudulento é uma ameaça à democracia!”, escreveu Trump na Truth Social.
Biden foi substituído por Kamala na candidatura democrata à presidência em julho, após um debate presidencial com Trump no final de junho no qual o presidente americano gaguejou e demonstrou desorientação em vários momentos, aumentando as especulações sobre sua saúde mental.
Numa votação realizada no início de agosto, Kamala obteve o apoio de quase 100% dos delegados democratas numa votação virtual para ser confirmada candidata do partido à presidência.
Em ocasiões anteriores, Trump já havia criticado a substituição na chapa democrata. “Foi um golpe. Foi uma destituição cruel e violenta de um presidente dos Estados Unidos”, disse o republicano em um evento de campanha em Howell, no estado de Michigan, em agosto.
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