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Ao tomar posse para um novo mandato como presidente dos Estados Unidos, nesta segunda-feira (20), Donald Trump confirmou, em seu discurso, que suas primeiras medidas executivas incluem a declaração de emergência nacional para a proteção da fronteira sul do país e o envio de tropas para reprimir a imigração ilegal. Além disso, garantiu que milhões de imigrantes serão deportados e que considerará os cartéis como "organizações terroristas estrangeiras".
"Direcionarei nosso governo a usar todo o poder da lei federal e estadual para eliminar a presença de todas as gangues estrangeiras e redes criminosas, trazendo crimes devastadores para o solo dos EUA, incluindo nossas cidades e centros urbanos", disse o republicano, em seu discurso.
Trump afirmou que os Estados Unidos acabarão com a política de "pegar e soltar" e prometeu que as ações de sua nova gestão serão em um nível "jamais visto antes". Ele ressaltou sua responsabilidade na proteção do país contra ameaças e invasões.
México
Em seu discurso de posse, o mandatário comentou as relações com o México, e destacou o "restabelecimento de uma política de permanência" no país vizinho. Isso implicaria que migrantes que buscam asilo na fronteira sul vivam nas cidades do norte do México durante seus processos judiciais nos EUA.
Além disso, confirmou a mudança do nome do "Golfo do México" para "Golfo da América". A mudança, que já havia sido anunciada, vinha causando polêmicas e foi ironizada pela presidente mexicana, Claudia Sheinbaum.
Algumas das medidas executivas anunciadas por Trump na posse já eram esperadas e haviam sido confirmadas por agentes da Casa Branca. Entretanto, segundo eles, o novo presidente pode enfrentar desafios legais em seu cumprimento. Os detalhes sobre o envio de tropas para a fronteira, que Trump pretende que se inicie em semanas, depende de uma determinação do Pentágono, segundo fontes familiarizadas disseram ao jornal americano Wall Street Journal.
A luta contra imigração ilegal é uma das principais promessas de Trump, desde sua primeira eleição, em 2016. Durante seu primeiro mandato, ele cogitou suspender cidadania por nascimento, mas especialistas alegam que essa alteração não pode ser feita por meio de ação executiva, exigindo uma emenda à Constituição.
Atualmente, mais da metade dos americanos apoia a deportação de imigrantes ilegais, segundo uma pesquisa divulgada na última semana.
O republicano já havia confirmado que ações contra imigrantes ilegais e deportações em massa aconteceriam "muito rapidamente" em seu segundo mandato.
