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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou a bispa da Igreja Episcopal dos EUA em Washington, Mariann Edgar Budde, em uma postagem feita nesta quarta-feira (22) em sua rede social, a Truth Social.
A postagem crítica do presidente americano ocorreu após o sermão da bispa durante a missa especial realizada nesta terça-feira (21), na St. John’s Episcopal Church, em Washington, como parte das celebrações de sua posse, ocorrida na segunda-feira (20). Em seu sermão, Budde, que é bispa da Igreja Episcopal dos EUA em Washington desde 2011, pediu “misericórdia” para imigrantes e LGBTs, que, segundo ela, “estão com medo”. O pedido ocorreu em meio ao plano do governo Trump de intensificar deportações de imigrantes ilegais, especialmente aqueles que cometeram crimes e entraram no território americano.
Em sua publicação, o presidente afirmou que “a suposta bispa que falou no Serviço Nacional de Oração na manhã de terça-feira é uma esquerdista radical linha-dura que odeia Trump. Ela trouxe sua igreja para o mundo da política de uma forma muito desagradável. Foi grosseira no tom, nada convincente ou inteligente”.
Ele acusou Budde de ignorar os crimes que teriam sido cometidos por imigrantes ilegais nos Estados Unidos: “Ela não mencionou o grande número de imigrantes ilegais que entraram em nosso país e mataram pessoas. Muitos foram liberados de prisões e instituições psiquiátricas. É uma onda gigante de crimes acontecendo nos EUA”.
O republicano concluiu a mensagem exigindo um pedido de desculpas da bispa e criticou o teor do sermão e da missa como um todo: “Além das declarações inadequadas, o serviço foi muito chato e nada inspirador. Ela não é muito boa no que faz! Ela e sua igreja devem desculpas ao público!"
A Igreja Episcopal dos EUA - que faz parte da Comunhão Anglicana - possui posições progressistas em diversas questões sociais. O discurso da bispa foi compartilhado nas redes sociais por diversos críticos de Trump e organizações que são contra a política de imigração que guiará o novo governo americano.
Em uma de suas primeiras ações como presidente, Trump assinou um decreto para declarar emergência nacional na fronteira sul dos EUA – que vive uma crise intensificada pelas frágeis políticas migratórias adotadas pelo governo de Joe Biden - e ampliou os poderes dos agentes de imigração para deter os ilegais que estão em solo americano. Diversos estados americanos governados por democratas já entraram com ações na Justiça para tentar impedir a política do republicano.