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O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, desafeto de Israel
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, desafeto de Israel| Foto: EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS

A Turquia anunciou nesta quarta-feira (7) que pediu para aderir a uma ação da África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, na Holanda, que investiga acusações de genocídio na ofensiva de Israel contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.

“Acabamos de submeter o nosso pedido de intervenção no caso de genocídio movido contra Israel à Corte Internacional de Justiça”, afirmou Hakan Fidan, ministro das Relações Exteriores da Turquia, em mensagem publicada no X.

“Encorajado pela impunidade pelos seus crimes, Israel mata cada vez mais palestinos inocentes todos os dias. A comunidade internacional deve fazer a sua parte para acabar com o genocídio; deve exercer a pressão necessária sobre Israel e os seus apoiadores. A Turquia fará todos os esforços nesse sentido”, escreveu o chanceler turco.

A ação foi apresentada pela África do Sul em dezembro e desde então a CIJ estipulou medidas cautelares para evitar a prática de “genocídio” em Gaza, embora Israel argumente que toma cuidados para não atingir civis no enclave palestino e que tem permitido a entrada de ajuda humanitária.

Espanha, Irlanda, México, Colômbia, Líbia e Nicarágua também haviam solicitado participação no caso.

As relações da Turquia com Israel já estavam deterioradas antes do anúncio desta quarta-feira: o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, comparou o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, a Adolf Hitler e Ancara cortou em maio o comércio entre os dois países.

Além disso, em julho, Erdogan afirmou que vai vetar parcerias da OTAN na área de defesa com Israel devido à guerra na Faixa de Gaza. A chancelaria israelense acusa Erdogan de apoiar o Hamas.

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