A Rússia atingiu nesta quinta-feira (21) fábricas e infraestruturas críticas na cidade de Dnipro, no centro da Ucrânia, com um míssil balístico intercontinental (ICBM), o primeiro usado nesta guerra, além de outros tipos de projéteis, segundo informações da Força Aérea ucraniana.
Kiev afirmou que o míssil intercontinental foi lançado a partir da região russa de Astrakhan, no sul do país invasor.
Em seu canal no Telegram, o chefe do Centro Contra a Desinformação do Conselho de Defesa e Segurança Nacional da Ucrânia, Andriy Kovalenko, afirmou que Astrakhan está sendo atacada com drones. "Dnipro, resista. A região de Astrakhan, na Federação Russa, já está sob ataque de drones", escreveu.
As defesas ucranianas conseguiram abater seis dos sete mísseis de cruzeiro Kh-101, mas não interceptaram o míssil balístico intercontinental ou o míssil aerobalístico Kh-47M2 Kinzhal, que são dois dos mais sofisticados do arsenal russo.
De acordo com a Força Aérea ucraniana, os mísseis não derrubados não causaram danos “substanciais”.
Em conversa com a agência AP, no entanto, autoridades dos EUA afirmaram que uma avaliação inicial indicou que o ataque foi realizado com um míssil balístico de alcance intermediário e não um intercontinental, como defendido por Kiev.
Um ICBM pode alcançar até 5.500 quilômetros, o que está além do que é necessário para a Rússia atacar a Ucrânia.
Anteriormente, as autoridades da região de Dnipropetrovsk, da qual Dnipro é a capital, haviam relatado um ataque massivo contra a região em que foram causados danos a uma infraestrutura industrial da cidade.
O ataque desta quinta-feira a Dnipro ocorre depois de EUA, Espanha, Itália e Grécia terem fechado as portas das suas embaixadas temporariamente em Kiev nesta quarta-feira devido ao perigo de um ataque massivo da Rússia em território ucraniano.
“A embaixada dos EUA em Kiev retomou os seus serviços”, escreveu a embaixadora dos EUA na capital ucraniana, Bridget Brink, nesta quinta.
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