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Após ficarem meses na defensiva, os ucranianos voltaram a atacar Kursk, província russa ao norte da Ucrânia. O Ministério de Defesa russo informou neste domingo (5), que estavam repelindo as tropas ucranianas. Porém, segundo relatos de blogueiros russos, cresceram os boatos de que o as tropas lideradas por Putin estavam sob pressão na região.
"Por volta das 9h horas locais (3h em Brasília), o inimigo lançou um contra-ataque para impedir o avanço das tropas russas na área de Kursk", afirmou o Ministério da Defesa da Rússia.
A operação também foi confirmada por oficiais ucranianos, mas não ficou claro o quanto Kyiv conseguiu avançar em Kursk. Tropas ucranianas teriam avanado em direção às vilas de Berdin e Bolshoe Soldatkoe, a nordeste da principal base ucraniana na Rússia em Sudzha. Essas áreas ainda não tinham sido invadidas por tropas ucranianas.
As tropas ucranianas invadiram em agosto uma área da Rússia que chegou a ter 1.300 quilômetros quadrados de extensão. Entre os objetivos estavam atrair tropas russas da Ucrânia invadida para combater dentro do território russo. Mas Moscou formou novos exércitos e passou a retomar a área invadida aos poucos.
Os ucranianos enviaram suas melhores tropas par Kursk também como uma tentativa de trocar o território conquistado por territórios temporariamente ocupados pela Rússia na Ucrânia. Mas o ditador Vladimir Putin não aceitou negociar. Agora as tropas de Kyiv não podem simplesmente se retrair para não atrair cerca de 40 mil tropas russas atrás de si para a a região da cidade de Sumy, na Ucrânia.
No último sábado (4), Volodymyr Zelensky declarou que os russos perderam todo um batalhão de soldados norte-coreanos e paraquedistas em apenas dois dias.
Confirmaram também que a Coreia do Norte enviou 11 mil soldados para a cidade de Kursk para apoiar as tropas do Kremlin.
Andriy Yermak, chefe de gabinete de Zelenski declarou no Telegram que: "A Rússia está recebendo o que merece".
Horas após o inicio da ofensiva, Yuri Podolyak, um dos blogueiros russos que cobre a guerra afirmou que as tropas russas cometeram "erros" mas retomaram o controle.