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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ordenou em seu discurso na noite de terça-feira que seu governo apresentasse um relatório detalhado sobre as carências provocadas pela decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de suspender por 90 dias a ajuda que Washington fornece a outros países.
“Pedi aos membros do governo que apresentassem um relatório sobre os programas de apoio americanos que estão atualmente suspensos. São programas humanitários”, disse Zelensky.
O Ministério do Desenvolvimento é um dos encarregados de “identificar quais programas específicos” apresentam carências devido à decisão dos EUA.
Zelensky explicou que a maioria dos “muitos” projetos afetados recebem financiamento dos EUA por meio de organizações não governamentais.
“Vamos determinar quais são críticos e precisam de soluções imediatas. Podemos fornecer parte desse financiamento com finanças públicas e discutiremos parte disso com os europeus e os americanos", acrescentou o presidente ucraniano.
As áreas em que esses projetos estão focados incluem “comunicações e digitalização para dar suporte a veteranos, escolas, hospitais e reconstrução”.
Putin diz que não assinará acordo de paz com governo "ilegítimo" de Zelensky
O ditador da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, não tem autoridade para assinar um acordo de paz com seu país porque seu mandato expirou em maio. “É possível negociar com qualquer um, mas por causa de sua ilegitimidade, ele (Zelensky) não tem o direito de assinar nada”, disse o chefe do Kremlin em uma entrevista à rede de televisão estatal russa.
Putin acrescentou que esse é um assunto “muito sério”, pois o futuro acordo deve “garantir a segurança da Ucrânia e da Rússia” a longo prazo. “Não pode haver um único erro”, enfatizou ele, além de acrescentar que a Constituição ucraniana não permite que o presidente estenda seu mandato mesmo durante a lei marcial no país.
"Putin tem medo de negociações e de líderes fortes”, diz Zelensky em resposta
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, rebateu as declarações do ditador russo na rede social X, acusando-o de querer prolongar a guerra indefinidamente e disse que o líder do Kremlin tem medo de negociações e de líderes fortes. “Hoje, Putin confirmou mais uma vez que tem medo de negociações e de líderes fortes e faz todo o possível para prolongar a guerra”, escreveu Zelensky.
O chefe de Estado ucraniano ressaltou que “agora há uma oportunidade de alcançar uma paz real” e acusou Putin de “fazer tudo ao seu alcance para continuar com os assassinatos em larga escala ou para obter uma pausa para continuar seus ataques híbridos enquanto se prepara para uma nova invasão em larga escala”.
Zelensky fez um apelo aos líderes globais para que não repitam “erros dos anos passados” em relação à Rússia. "Putin tem capacidades significativas para minar a estabilidade global, mas é fraco demais para suportar a pressão real de líderes fortes", escreveu, possivelmente em alusão ao novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Conteúdo editado por: Isabella de Paula
