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Vista do parque industrial de Sedaví, inundado pelas chuvas torrenciais das últimas horas, em Valência, Espanha
Vista do parque industrial de Sedaví, inundado pelas chuvas torrenciais das últimas horas, em Valência, Espanha| Foto: EFE/Miguel Ángel Polo

A União Europeia (UE) ativou o sistema de satélites Copernicus para ajudar a coordenar as equipes de resgate que enfrentam os efeitos das tempestades no sudeste da Espanha, que já matou ao menos 70 pessoas, e garante que está “pronta para prestar seu apoio”, que já foi oferecido por vários países nesta quarta-feira (30).

“A Europa está pronta para ajudar”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que ofereceu à Espanha a ativação do mecanismo de proteção civil da UE, ao abrigo do qual a ajuda pode ser prestada por outros países do bloco.

"O que estamos vendo é devastador. Cidades inteiras estão cobertas de lama, as pessoas procuram abrigo nas árvores e os carros foram arrastados pela fúria das águas", mencionou Von der Leyen.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, assegurou que a União Europeia “está pronta dar seu apoio” à Espanha e a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, também disse que “a Europa está disposta a ajudar” diante das "catastróficas" consequências das inundações no sul e no leste do país.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse por meio das redes sociais que seu governo estava “em diálogo com o governo espanhol sobre uma possível ajuda”, o que foi corroborado por sua ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock.

"Os rios se transformam em torrentes, as pessoas perdem suas casas, algumas até suas vidas. Nossos pensamentos estão com os nossos amigos espanhóis afetados pelas inundações devastadoras, a Europa permanece unida. A Alemanha está pronta para ajudar no que for necessário", disse a ministra.

O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, manifestou sua solidariedade com a Espanha e ofereceu “toda a ajuda necessária”.

“O governo português expressa o maior pesar pelo elevado número de vítimas das inundações registradas na Espanha, mostra solidariedade a todo o povo espanhol e ao governo e está pronto para toda a ajuda necessária”, escreveu o chefe do Executivo em seu perfil na rede social X.

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, revelou que, até o momento, não há notícias de italianos entre as vítimas, em uma área com grande número de cidadãos daquele país, cerca de 12 mil, apenas superada pelos colombianos.

“Quero expressar minha solidariedade às famílias das vítimas afetadas pelas cheias na Espanha. Rezo pela saúde dos desaparecidos”, escreveu Tajani em sua conta na rede social X.

A Embaixada de Israel na Espanha também expressou sua solidariedade: “Da Embaixada de Israel na Espanha queremos expressar a nossa mais profunda solidariedade ao povo de Valência e a todos os espanhóis diante dos danos devastadores que afetaram a Comunidade Valenciana, deixando vítimas e grandes prejuízos materiais”.

O governo da Espanha, que elevou para 70 o número de mortos em consequência da tempestade que atingiu o país desde esta terça-feira (29), decidiu decretar três dias de luto oficial devido à tragédia e antecipou que o Conselho de Ministros aprovará na próxima terça-feira a declaração de zona catastrófica para as áreas afetadas.

O anúncio foi feito pelo ministro de Política Territorial, Ángel Víctor Torres, ao anunciar que o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, visitará nesta quinta-feira (31) a região de Valência, a mais afetada pelas enchentes.

Torres pediu aos cidadãos que residem nas áreas para onde a tempestade avança que não saiam das suas casas e não utilizem as estradas, muitas das quais estão fechadas e inundadas, segundo uma primeira avaliação feita pelo comitê de crise desencadeada na sede da presidência do governo em Madri.

O chefe do Executivo presidiu a segunda reunião do comitê de crise para acompanhar os efeitos da tempestade e o titular da Política Territorial, que também afirmou que ainda não é possível fornecer dados sobre pessoas desaparecidas, evitou responder às críticas feitas pela oposição.

Nas áreas afetadas, operam nesse momento 1.116 agentes da Unidade Militar de Emergência, 344 viaturas terrestres, helicópteros e aviões, 200 militares, 700 homens da Guarda Civil, 100 da Polícia Nacional e efetivos da polícia local, pessoal da Defesa Civil e voluntários.

Conteúdo editado por:Isabella de Paula
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