O presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, não viajará a Manaus para participar de uma reunião de chefes de governo dos países amazônicos. A decisão frustra a intenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de mediar a crise entre Bogotá e Caracas.
O chanceler colombiano, Jaime Bermúdez, havia anunciado inicialmente que Uribe viajaria a Manaus para falar de temas climáticos, mas descartou um encontro com o presidente venezuelano, Hugo Chávez.
"O presidente Uribe não vai participar de Manaus, está enviando uma carta ao presidente do Brasil pedindo desculpas", disse nesta quarta-feira uma autoridade de primeiro escalão do governo.
Lula propôs que os países da região amazônica cheguem à cúpula de Copenhague, que será realizada em dezembro, com uma posição unificada sobre o aquecimento global.
Lula também anunciou seu propósito de reunir os presidentes Uribe e Chávez para que pusessem fim a suas diferenças, que surgiram da decisão da Colômbia de facilitar o acesso a militares dos Estados Unidos a sete bases em seu território.
O líder venezuelano, o mais forte crítico dos EUA na América Latina, acha que Washington terá desde a Colômbia uma plataforma para invadir seu país.
Chávez também havia descartado um encontro com Uribe. O presidente venezuelano chamou Uribe de "traidor", "mafioso", "desgraçado", "lacaio do império" e o acusou de ligações com o narcotráfico que, segundo Bogotá, ofendeu a dignidade do líder colombiano, situação que por enquanto impossibilita qualquer diálogo direto.
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