A venda de alimentos dos Estados Unidos para Cuba caiu 30 por cento nos 11 primeiros meses de 2010, em comparação ao mesmo período do ano anterior, disse uma entidade norte-americana na sexta-feira.
Em dois anos, a importação de alimentos dos EUA caiu à metade, já que Cuba passou a comprar mais de países aliados.
Cuba importa cerca de 60 por cento dos alimentos que consome, e durante anos os EUA foram os principais fornecedores, apesar das tensões políticas e das quase cinco décadas de embargo comercial à ilha.
Segundo dados divulgados pelo Conselho Comercial e Econômico EUA-Cuba, as exportações norte-americanas de alimentos para a ilha atingiram 344,3 milhões de dólares entre janeiro e novembro de 2010. No mesmo período de 2009, o movimento foi de 486,7 milhões de dólares.
Desde 2000, os EUA abriram uma exceção no embargo comercial a Cuba, autorizando a venda de alimentos à ilha, desde que sejam pagos em dinheiro "vivo."
O governo de Havana está sem recursos para pagar as compras à vista, devido a três furacões ocorridos em 2008, ao impacto da crise financeira global, e a problemas de ineficiência administrativa do regime comunista.
As importações cubanas de frango congelado, trigo, derivados de soja, milho, feijão e outros produtos dos EUA alcançaram seu auge em 2008 -- 710 milhões de dólares -- e em seguida tiveram uma queda de 24 por cento em 2009.
Segundo o Conselho Comercial e Econômico, entidade nova-iorquina que monitora as relações bilaterais, Cuba passou a comprar mais alimentos do Brasil, França, Canadá, Rússia e China, nações junto às quais tem crédito.
Além disso, segundo o relatório, o regime comunista está dando preferência a fornecedores estatais, em vez dos privados.
Um funcionário cubano que já esteve envolvido no comércio com os EUA não é visto em Cuba há quase um mês, e fontes cubanas disseram, sob anonimato, que ele desertou para o país vizinho, algo que autoridades dos dois países não confirmam.
Pedro Álvarez dirigia a estatal de importação alimentícia Alimport na época em que esse comércio começou, em 2001. Foi substituído na função em 2008 e chegou a presidir a Câmara de Comércio de Cuba, da qual foi demitido no começo do ano passado sob suspeita de corrupção.
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