Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
"Ato hostil e arbitrário"

Venezuela reage à ordem de fechamento de espaço aéreo por Trump: “Ameaça colonialista”

O chanceler Yván Gil Pinto (em imagem de arquivo) disse na reunião da Celac que combate ao narcotráfico é “desculpa” dos EUA para invadir a Venezuela (Foto: ALEXANDER ZEMLIANICHENKO/EFE/EPA)

Ouça este conteúdo

O regime de Nicolás Maduro respondeu neste sábado (29) ao alerta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que declarou que o espaço aéreo da Venezuela deve ser considerado “completamente fechado”.

Em comunicado divulgado pelo chanceler Yván Gil em seu canal no Telegram, Caracas classificou a mensagem como uma “ameaça colonialista” e um “ato hostil, unilateral e arbitrário”. O governo Maduro afirmou que não reconhecerá “ordens, ameaças ou ingerências” dos Estados Unidos.

Além disso, Caracas acusou Washington de tentar exercer pressão política por meio de medidas “extravagantes, ilegais e injustificadas”. O comunicado cita o artigo 1º do Convenção de Chicago de 1944, sobre a soberania dos estados acerca do espaço aéreo de seu território.

O que aconteceu?

Ainda neste sábado, mais cedo, Trump havia publicado uma mensagem na rede Truth Social direcionada a companhias aéreas, pilotos, narcotraficantes e “traficantes”. “Pedimos que considerem que o espaço aéreo sobre a Venezuela e seus arredores permanecerá completamente fechado”.

O aviso ocorre em meio ao aumento da atividade militar norte-americana no Caribe. Um exemplo é o deslocamento do porta-aviões USS Gerald R. Ford e mais de uma dezena de embarcações, aeronaves de combate e cerca de 12 mil militares para operações contra o narcotráfico na região.

VEJA TAMBÉM:

A resposta venezuelana

Na resposta venezuelana, o governo Maduro afirmou que não reconhecerá “ordens, ameaças ou ingerências” dos Estados Unidos.  

Yván Gil acusou ainda os EUA de suspenderem os voos de deportação de migrantes venezuelanos que vinham sendo realizados regularmente ao longo do ano. Seriam cerca de 75 voos em 2025, com quase 14 mil deportados.

O governo Maduro encerrou o comunicado pedindo que a ONU, governos “soberanos” e organismos multilaterais condenem a postura dos EUA, que descreveu como uma ameaça à paz continental, à soberania da Venezuela, do Caribe e do norte da América do Sul.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.