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Fala de Antony Blinken sobre não ser possível admitir que chavistas “se agarrem ao poder pela força” foi respondida com agressividade pela ditadura da Venezuela
Fala de Antony Blinken sobre não ser possível admitir que chavistas “se agarrem ao poder pela força” foi respondida com agressividade pela ditadura da Venezuela| Foto: EFE/EPA/ROLEX DELA PENA

A ditadura da Venezuela alegou que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, “pretende anunciar” um “golpe de Estado” no país, depois de o funcionário americano ter dito que o ditador Nicolás Maduro e “seus representantes não devem ser autorizados a se agarrar ao poder pela força”.

“De maneira grosseira e vulgar, o secretário Blinken pretende anunciar, através das redes sociais, como de costume, um golpe de Estado na Venezuela”, disse o ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, citado em nota divulgada nesta segunda-feira (9) pelo governista Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv).

O ministro afirmou que os “planos” dos EUA - sem especificar quais - foram “pulverizados através do voto” nas eleições de 28 de julho, nas quais Maduro foi proclamado vencedor para um terceiro mandato consecutivo, resultado apontado como fraudulento pela oposição majoritária e questionado por grande parte da comunidade internacional.

Na mensagem, Blinken denunciou que a “repressão pós-eleitoral de Maduro matou ou prendeu milhares de pessoas”, enquanto “o candidato vencedor Edmundo González Urrutia continua sendo a melhor esperança para a democracia”, reiterou.

“Não devemos permitir que Maduro e seus representantes se agarrem ao poder pela força. A vontade do povo deve ser respeitada”, acrescentou o secretário de Estado dos EUA.

González, candidato da principal coalizão de oposição - a Plataforma Unitária Democrática (PUD) -, chegou à Espanha no domingo (8) depois de deixar a Venezuela, onde vinha sofrendo perseguição política e judicial após as eleições.

Blinken, em comunicado, disse no domingo que a saída de González da Venezuela é uma consequência das medidas “antidemocráticas” de Maduro.

Conteúdo editado por:Fábio Galão
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