Tim Walz, anunciado nesta terça-feira (6) como vice na chapa da democrata Kamala Harris para a eleição presidencial nos Estados Unidos, têm um histórico de pautas progressistas como governador de Minnesota, cargo que ocupa desde janeiro de 2019.
Em janeiro de 2023, ele assinou uma lei incluindo o “direito” ao aborto na legislação de Minnesota, onde o procedimento já era legal em todas as fases da gestação.
“Para os habitantes de Minnesota, saibam que seu acesso a serviços de saúde reprodutiva e seu direito de tomar suas próprias decisões sobre cuidados de saúde estão preservados e protegidos”, disse Walz. “E por causa desta lei, isso não mudará com os ventos políticos e a composição da Suprema Corte.”
Devido à sua posição pró-aborto, ele recebeu uma classificação de 100% da Planned Parenthood e nota zero na avaliação da organização pró-vida Comitê Nacional pelo Direito à Vida.
Também no ano passado, ele sancionou uma lei para legalizar o uso recreativo da maconha no estado.
“Sabemos há muito tempo que proibir o uso [recreativo] da maconha não funcionou. Ao legalizar a maconha para uso adulto, estamos expandindo nossa economia, criando empregos e regulando a indústria para manter os habitantes de Minnesota seguros”, alegou Walz à época.
O vice na chapa de Kamala Harris era o governador de Minnesota quando ocorreu o caso George Floyd, em 2020, quando um homem negro foi morto pela polícia de Minneapolis. Em resposta aos protestos, Walz implementou uma ampla reforma policial.
As mudanças incluíram a proibição de estrangulamentos como forma de contenção, veto a técnicas “agressivas” de treinamento policial, criação de uma equipe para fornecer serviços de saúde mental para policiais e a exigência de que agentes de segurança relatem e intervenham quando colegas utilizarem força excessiva.
O pacote determinou ainda a criação de uma unidade de investigação estadual independente de mortes em abordagens policiais.
Walz também sancionou uma lei, no ano passado, que estabeleceu amplas verificações de antecedentes e “bandeira vermelha” em Minnesota para compra de armas de fogo – quando a pessoa pode ser impedida de ter armamentos caso se considere que ela representa uma ameaça a si mesma ou outras pessoas.
Walz foi acusado de ter sido tolerante com os tumultos durante os protestos após a morte de Floyd em 2020.
“Ele não fez nada para tentar impedir os tumultos que aconteciam em Minneapolis. Acho que ele estava com medo de alienar sua base ‘progressista’, que estava apoiando os tumultos. [Já] Kamala Harris arrecadou dinheiro para os baderneiros”, disse o presidente do Partido Republicano de Minnesota, David Hann, à Fox News.
Além disso, o Ministério Público acusou 70 pessoas de desvios em programas federais de alimentação para crianças durante a pandemia de Covid-19 que somaram US$ 250 milhões em Minnesota, e um relatório independente divulgado em junho deste ano apontou que a falta de supervisão do Departamento de Educação do governo Walz teria facilitado essas fraudes.
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