Washington - Barack Obama começou ontem nova vida em Washington, tendo como sua prioridade máxima um pacote econômico que seus aliados afirmam que poderá ser aprovado em duas semanas após a posse presidencial.
O presidente eleito, sua mulher, Michelle, e as duas filhas do casal, Sasha e Malia, vão morar nos próximos dias no luxuoso hotel Hay-Adams, próximo à Casa Branca, até se mudar para a residência oficial para hóspedes do presidente, Blair House, em 15 de janeiro cinco dias antes de tomar posse.
Os quartos no hotel Hay-Adams chegam a custar US$ 6 mil por noite. O estabelecimento, construído em 1928, leva os nomes de John Hay, assistente privado do presidente Abraham Lincoln e secretário de Estado, e de Henry Adams, um escritor e professor da Universidade de Harvard que era descendente dos presidentes John Adams e John Quincy Adams.
Do lar de Henry Adams, o hotel herdou mais que o nome, segundo a lenda. Sua mulher, Marian Hooper Adams, entrou em depressão e se suicidou em dezembro de 1885, ingerindo cianureto de potássio. Seu fantasma continua na casa, segundo contam, onde abre portas e sussurra com entonação gélida o nome dos empregados.
Desafios
A partir de hoje Obama terá de se encarregar de uma série de desafios tanto externos, enquanto Israel executa uma ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza, quanto domésticos, com os EUA numa profunda recessão econômica.
Os democratas no Congresso esperam aprovar um massivo plano de estímulo econômico apoiado por Obama rapidamente. O pacote ficará entre US$ 775 bilhões e US$ 1 trilhão, disse o líder da maioria democrata na Câmara de Representantes, Steny Hoyer.
"Será difícil elaborar o pacote tão rapidamente, pois terá de ser revisado, debatido e aprovado", afirmou Hoyer, acrescentando esperar que a Câmara aprove o plano até o fim de janeiro.
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