Em seu pronunciamento mais incisivo sobre a crise do Egito até o momento, a Casa Branca indicou ontem que os egípcios precisam de uma mudança "para ontem.
"A mensagem que o presidente [dos EUA, Barack Obama] deu claramente ao presidente [egípcio, Hosni] Mubarak é que a hora para mudança chegou, afirmou o porta-voz Robert Gibbs. De acordo com ele, mudança imediata significa "para ontem, e não para setembro, quando ocorre eleição no Egito.
Gibbs disse ainda que Mubarak tem agora a chance de mostrar ao mundo "exatamente quem ele é, fazendo a mudança que o país precisa. "Se alguma violência é promovida pelo governo, ela deve parar imediatamente.
A fala de Gibbs representa mais um passo na escalada pública dos EUA contra o regime de Mubarak. Aliado estratégico do Egito, o país não se manifestou no início da crise. Aos poucos, recados contra a violência começaram a ser passados pela secretária de Estado, Hillary Clinton, e, finalmente, por Obama. Agora, os EUA pedem claramente a saída do ditador.
O Egito é importante parceiro dos EUA e recebe anualmente US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 2,5 bilhões) de ajuda americana.
Obama, após falar com Mubarak por telefone ontem, salientou a necessidade de mudanças políticas no país. "O que é claro, e que eu indiquei para o presidente Mubarak, é que o processo de transição deve ser ordenado, em direção à democracia, e deve começar agora, disse.
O primeiro ministro britânico, David Cameron, também pediu que Mubarak inicie rápido o processo de transição.
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