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Ucrânia avança com fogo de artilharia sobre nova cidade russa na região de Kursk
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, apresentou seu “plano da vitória” contra a Rússia no Parlamento, nesta quarta-feira (16)| Foto: EFE/EPA/MAXYM MARUSENKO

O chamado “Plano da Vitória” do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pede aos aliados armas suficientes e decisões políticas para permitir que seu país realize novas operações contra a Rússia, conforme revelou nesta quarta-feira (16) o mandatário perante o Parlamento.

Zelensky explicou que o segundo ponto do plano consiste, entre outras coisas, em uma lista do armamento necessário para reforçar as posições de Kiev e levar a guerra à Rússia de uma forma que impeça a criação de “zonas de segurança” para as tropas inimigas na Ucrânia e para que a opinião pública russa “sinta” as consequências da guerra e aumente sua pressão sobre o regime de Vladimir Putin.

Este segundo ponto do plano – que consiste em quatro outras seções – inclui também, como esperado, o pedido aos parceiros da Ucrânia para derrubarem a proibição de utilização das armas de longo alcance que fornecem contra alvos localizados na Rússia.

Outra exigência do documento é que a Ucrânia receba defesas antiaéreas suficientes para se proteger com segurança dos ataques de Moscou.

O “Plano da Vitória” também solicita que os aliados de Kiev lhe forneçam "em tempo real" informações de inteligência sobre a Rússia para poder minar o potencial de guerra do país inimigo.

Kiev também pede que os países europeus vizinhos da Ucrânia, ou seja, Romênia e Polônia, participem a partir de seu território no abate de drones e mísseis russos dentro da Ucrânia que se aproximem do seu espaço aéreo. Outros detalhes deste ponto do plano não foram revelados por Zelensky para não "comprometer sua eficácia". 

Zelensky condena regimes do Irã, Coreia do Norte e China por apoiarem a Rússia na guerra

Ao se dirigir ao Parlamento, nesta quarta-feira, o presidente Zelensky criticou regimes que têm apoiado a Rússia durante a invasão, como da China, do Irã e da Coreia do Norte. O mandatário ucraniano os descreveu como uma "coalizão de criminosos".

"Estamos em guerra com a Rússia no campo de batalha, nas relações internacionais, na economia, na esfera da informação e nos corações das pessoas", disse Zelensky.

O presidente da Ucrânia enfatizou que a ditadura de Kim Jong-un, da Coreia do Norte, está entrando "de fato" na guerra ao lado da Rússia, informação que foi descoberta pelo serviço de inteligência ucraniano. "Pyongyang já enviou militares e armas à Rússia", disse.

Kremlin considera plano de Zelensky "ilusório"

 O Kremlin classificou nesta quarta-feira como "ilusório" o Plano de Vitória apresentado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e disse que, para alcançar a paz na Ucrânia, Kiev deve primeiro "recuperar o juízo".

"Há muitas semanas se fala de um plano de paz ilusório. Muito provavelmente é o mesmo plano americano de lutar conosco até o último ucraniano, que Zelensky camuflou e chamou de 'plano de paz'", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, em sua coletiva de imprensa diária.

Segundo Peskov, Kiev deve "recuperar o juízo e entender os motivos que levaram ao conflito na Ucrânia".

"Pode haver outro plano, um plano verdadeiramente pacífico, baseado no entendimento de Kiev de que a política que está adotando não tem futuro", declarou.

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