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Sobre pressão da esquerda, a rede de fast-food Chick-fil-A, defensora dos valores cristãos, anunciou que não fará mais doações para instituições cristãs.
Sobre pressão da esquerda, a rede de fast-food Chick-fil-A, defensora dos valores cristãos, anunciou que não fará mais doações para instituições cristãs.| Foto: Divulgação

Nesta semana, a famosa empresa de fast-food cristã dos Estados Unidos, se rendeu à pressão da esquerda.

Durante anos, a esquerda teve a Chick-fil-A como alvo, desde a revelação, em 2012, de que o presidente e CEO da empresa, Dan Cathy, apoia o casamento tradicional – e, horror dos horrores, de que as instituições de caridade que recebem doações da Chick-fil-A apoiam o casamento tradicional.

Isso gerou revolta na imprensa, que passou a exigir que a Chick-fil-A se adequasse à pauta do Partido Democrata, apesar de o então presidente Barack Obama só começar a apoiar oficialmente o casamento entre pessoas do mesmo sexo em maio de 2012.

A raiva da esquerda levou a vários boicotes mal-sucedidos – os negócios da Chick-fil-A passaram de um faturamento de US$1 bilhão em 2001 para US$5 bilhões em 2013 e US$10,5 bilhões hoje – mas a ataques bem-sucedidos por parte do governo. Quando a esquerda não consegue o que quer por meio da mobilização pública, ela simplesmente usa o poder do Estado para chantagear aqueles de que desgosta.

Assim, apesar de a Chick-fil-A nunca discriminar consumidores homossexuais – a empresa vende sanduíches para todo mundo – o então prefeito de Boston Thomas Menino prometeu banir a franquia da cidade. O então prefeito de Chicago Rahm Emanuel fez a mesma coisa, prometendo apoiar o plano de um vereador de impedir que a Chick-fil-A abrisse um restaurante no aeroporto O’Hare.

San Antonio recentemente impediu que a Chick-fil-A abrisse um restaurante em seu aeroporto e um aeroporto de Buffalo, em Nova York, seguiu o exemplo. San José, na Califórnia, decidiu não renovar o aluguel da Chick-fil-A em seu aeroporto quando o contrato terminasse.

Recuo

A Chick-fil-A continuou sob ataque – e os ataques aumentaram com a ajuda de uma imprensa hostil. Assim, a Chick-fil-A decidiu recuar e anunciar que não fará mais doações para instituições de caridades cristãs como o Exécito da Salvação, a Irmandade dos Atletas Cristãos e a Paul Anderson Youth Home.

O presidente e COO da Chick-fil-A, Tim Tassopoulos, explicou dizendo que “à medida que entramos em novos mercados, precisamos deixar claro quem somos”.

Bom, agora está claro. Eles são covardes.

Nossa cultura baseada na Primeira Emenda [que garante a liberdade de expressão] corre perigo quando as administrações municipais têm capacidade de impedir que empresas funcionem não com base na prática de discriminação, e sim com base apenas no fundador da empresa. É justamente isso o que está acontecendo aqui. Se doar para instituições cristãs é algo que agora o impede de operar um restaurante num aeroporto, nossa cultura está num caminho sem volta.

Mas há algo ainda mais complicado acontecendo aqui. Num país livre, claro que podemos escolher as empresas das quais somos clientes. Mas nossa cultura se beneficia da escolha das empresas com base na análise política das pessoas que são donas dessas empresas? Queremos mesmo um país onde fazemos compras com base da afiliação política? Onde todas as decisões, todos os dias, se baseiam no partidarismo?

O tecido social dos Estados Unidos já está se desfazendo. A política invadiu tudo, da educação aos esportes, do cinema à moda. Será que a política deve determinar onde compramos um sanduíche de frango?

Um país que pune restaurantes porque seus fundadores não celebram o casamento entre pessoas do mesmo sexo está destinado a se bifurcar. E isso é coisa de frangote.

© 2019 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês

Ben Shapiro é apresentador do "The Ben Shapiro Show" e editor-chefe do DailyWire.com.

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