A cada dia, os ataques virtuais realizados em empresas de qualquer segmento e porte se tornaram algo comum. Comparando a situação atual com a década de 90, fica evidente que no passado a grande preocupação era com os vírus que destruíam as informações dos computadores pessoais da época, chegando até aos extremos de torná-los inúteis. Hoje, as invasões virtuais são mais orquestradas e com o foco, principalmente, em quanto elas irão render, sejam financeiramente ou até como forma de retaliação do meio empresarial. Outro fator de contribuição para o amplo número de golpes online diz respeito à legislação, que ainda é ineficiente em cumprir seu papel de proteger as informações.
Segundo levantamento do Ponemon Institute, para 2022, é esperado que as empresas gastem em torno de US$ 172 bilhões para aumentar os compromissos com segurança cibernética e aprimorar medidas de proteção. Com isso, conforme o estudo, as principais áreas de foco para a inovação em segurança dentro das organizações hoje são automação de segurança, migração em nuvem e educação e treinamento.
Cibersegurança para muitos ainda é um termo que soa estranho e basta questionar as pessoas sobre como elas protegem suas informações na internet para perceber que a grande maioria não tem nenhuma noção a respeito do assunto. Traçando um comparativo, se elas não se preocupam com dados pessoais, as informações corporativas sigilosas também estão extremamente vulneráveis ainda mais quando incluímos outras variáveis como home office, wifi público, computador compartilhado, os riscos aumentam consideravelmente.
Ano após ano, recordes em ataques de cibersegurança são registrados. E isso é reflexo de quanto mais digitalizados estamos. No cenário atual, nota-se que o número de dispositivos conectados cresceu consideravelmente com destaque para a popularização dos equipamentos como casa inteligente, sensores na indústria, wearables, ou seja, tudo está conectado, o que amplia a vulnerabilidade de sistemas.
Basta um hacker ter algumas simples informações sobre qualquer cidadão que ele consegue abrir contas bancárias, fazer financiamentos, empréstimos, compras, emitir cartão de crédito ou até mesmo vender os dados para quadrilhas especializadas. Nossa identidade digital, hoje, é uma realidade e a cibersegurança deve ser uma preocupação de todos. Cada vez mais teremos que investir em segurança, pois a vulnerabilidade das pessoas e empresas é muito grande.
Everson Holovaty tem graduação em Matemática, pós-graduação em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e MBA em Gestão Estratégica de Negócios. É coordenador de TI da Pormade Portas.
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