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“Deixai as crianças virem a mim!”: família e espiritualidade
| Foto: David Beale/Unsplash

O evangelista São Mateus narra que os discípulos queriam impedir que algumas crianças se aproximassem de Jesus. Neste contexto, Cristo fez a seguinte advertência: “Deixai as crianças virem a mim e não as impeçais, pois o Reino dos Céus pertence aos que se assemelham a elas” (Mt 19, 14). O pedido de Jesus pela proximidade física para abençoá-las denota também o sentido espiritual de possibilitar que os pequenos tenham verdadeira intimidade com Ele.

Desde a concepção, o ser humano inicia um processo de crescimento, que não é apenas físico, mas também passa pelo desenvolvimento psíquico, moral e espiritual. Por isso, no conjunto familiar, a criança aprende a se comunicar, locomover, tomar decisões e precisará desenvolver o espírito. Visto que a criança apreende principalmente por ver o exemplo das pessoas que a cercam, será de suma importância o ensinamento da espiritualidade por meio de práticas religiosas.

As palavras dos familiares podem até convencer momentaneamente, mas serão atitudes verdadeiras e boas que ensinarão as crianças o reto modo de agir. O que adianta exigir de um pequeno que ele reze ao acordar e antes de dormir se o próprio adulto não tem esta prática? Isto pode se tornar uma moral farisaica: “faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço”.

Por isso, o papel dos pais e educadores é fundamental para o desenvolvimento espiritual das crianças. Esta missão é exercida quando se vive de modo coerente e se ensina pelas atitudes. Como exemplo prático, os progenitores ou responsáveis podem criar o hábito de fazer uma oração antes de a criança dormir. Não importa se ainda é um bebê ou tem alguns anos de vida, o exemplo do adulto que reza junto com o pequeno será edificante.

Assim como se dá alimento para o crescimento do corpo, o mesmo deve acontecer no âmbito espiritual. Deixe as crianças irem até Jesus, ensine com o exemplo de sua vida e elas aprenderão a rezar e descobrir o quanto Deus as ama!

Alex Nogueira é padre, mestre em Direito Canônico, professor acadêmico e autor do livro “Orar faz muito bem!”.

Conteúdo editado por:Jocelaine Santos
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