Com a ascensão dos idosos ou 60+ na pirâmide populacional do país estamos diante de um novo perfil social. Essa tendência foi mensurada através de uma pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE), apontando que a expectativa média de vida dos brasileiros será de 83 anos até 2070 e que até lá a taxa de natalidade diminuirá. O que significa que teremos muito mais pessoas 60+.
Analisando esse futuro não tão distante, observo que muitos jovens não têm avaliado como conduzir o estilo de vida, a alimentação, o comportamento e o cotidiano. Como observam os especialistas e os profissionais da área da saúde, viver mais pede atenção e uma permanente construção.
Muito se comenta que as gerações mais jovens sofrem cada vez mais distúrbios psicológicos. Há, inclusive, muitos especialistas auxiliando e apontando caminhos para reverter essa problemática. O que, de fato, é positivo, especialmente porque sabemos que o “envelhecer” deve estar à vista da juventude.
Algo que recordo é que, há quase uma década, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) já observava a galopante ascensão dos idosos na sociedade. Até por esse motivo, naquela época, a SBGG criou um concurso de redação intitulado “Como Eu Quero Envelhecer”, com o objetivo de entender como os jovens estavam encarando o envelhecimento.
Agora, analisemos os 60+ de hoje. O que eles têm feito para tornar o dia a dia mais produtivo e como investem na qualidade de vida? Praticam atividades físicas de acordo com suas capacidades? Entendem que, caso necessário, podem contar com empresas especializadas em cuidados? Notaram que podem até mesmo pensar na reinserção profissional e obterem qualificação profissional?
Impulsionado pelo dinamismo da tecnologia e das inovações, é notório que as iniciativas e projetos voltados aos idosos tendem a aumentar. Como fundador e presidente do Instituto Olga Kos de Inclusão que, há 17 anos, desenvolve projetos artísticos, científicos e esportivos voltados para a inclusão da pessoa com deficiência e pessoas em situação de vulnerabilidade social de todas as faixas etárias, inclusive os idosos, chamo a atenção para o momento histórico que estamos atravessando.
Pode parecer que 2070, ano que pesquisa recente do IBGE aponta como referencial do envelhecimento está distante, mas nem tanto. Quero reforçar que os jovens de hoje, até lá serão 60+. A juventude deve despertar para a questão do envelhecimento e saber como construir sua jornada. Afinal, somos protagonistas de mais esta etapa histórica, onde inclusão e respeito às diferenças merecem estar sempre à frente.
Wolf Kos é presidente e fundador do Instituto Olga Kos de Inclusão, organização sem fins lucrativos que desenvolve projetos artísticos, esportivos e científicos para atender a pessoa com deficiência e pessoas em situação de vulnerabilidade social.
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