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Não sai de moda: clubes de assinatura estão em alta mais do que nunca 
| Foto: Kindel Media/Pexels

No Brasil há mais de 4 mil clubes de assinatura de serviços e produtos em operação que movimentam cerca de R$1 bilhão por ano na economia. Dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico apontam que, nos últimos dez anos, o número de negócios do setor cresceu 1000%. O comércio eletrônico foi responsável por potencializar essa tendência e transformar a forma de consumo.

O modelo de clube de assinatura é simples: o consumidor paga uma mensalidade, trimestral, semestral ou anual e, em troca, recebe em casa produtos selecionados de acordo com suas preferências. A variedade de opções é imensa, e os clubes atendem a praticamente todos os gostos e necessidades, desde alimentos, bebidas, roupas, livros, itens de beleza, decoração, petiscos, brinquedos e até mesmo produtos de nicho, como chimarrão, objetos geek e lingeries.

A comodidade de receber os produtos em casa é um dos principais atrativos, especialmente no cenário em que a conveniência se tornou um diferencial competitivo

A exclusividade também é um fator relevante, já que muitos clubes oferecem produtos que não estão facilmente disponíveis no mercado convencional. Caixas com itens surpresa, por exemplo, causam um sentimento capaz de agregar valor à proposta. Descobrir quais produtos foram selecionados especialmente ao consumidor gera expectativa, proporciona encantamento e traz benefícios aos bolsos, já que normalmente são mais baratos comparados à aquisição tradicional no mercado. 

O crescimento exponencial dos clubes de assinatura reflete uma mudança nos hábitos da sociedade. Cada vez mais, as pessoas buscam flexibilidade e experiências diferenciadas. Além disso, a popularização do e-commerce e a penetração cada vez maior da internet impulsionam o setor, ampliando o alcance do segmento e atraindo novos consumidores.

No entanto, é importante ressaltar que, como em qualquer área, a qualidade e a transparência são fundamentais para o sucesso de um negócio a longo prazo. Os clubes precisam garantir a excelência dos produtos oferecidos, cumprir os prazos de entrega, proporcionar um bom atendimento ao cliente e, principalmente, respeitar as regras estabelecidas para cancelamentos e renovações de assinaturas. 

Ainda assim, é inegável que o modelo de negócio se consolidou como um destaque no mercado brasileiro. O crescimento acelerado reflete a demanda por experiências de consumo diversificadas, mas também traz desafios em relação à qualidade, transparência, e competitividade.

A capacidade de atender às expectativas dos clientes, adaptar-se às mudanças do mercado e adotar práticas responsáveis será determinante para o sucesso a longo prazo. Porém, se a ideia é se destacar em meio às demais opções, essa pode ser a melhor das alternativas.

Luciana Pimenta é especialista em Administração de Empresas.

Conteúdo editado por:Aline Menezes
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