A defesa do presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo que os votos de 279 mil urnas eletrônicas utilizadas no segundo turno das eleições deste ano sejam invalidados. Isso corresponde a 59,2% das máquinas utilizadas na votação. Segundo o documento, uma auditoria independente realizada a pedido do Partido Liberal constatou que urnas de modelos antigos apresentaram um número idêntico de LOG – arquivo que registra todas as atividades durante o funcionamento da urna – quando cada máquina deveria apresentar um número individualizado de identificação. A ação diz que os modelos de 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015 das urnas apresentaram “problemas insanáveis de funcionamento, com destaque à gravíssima falha na individualização de cada arquivo LOG de urna e sua repercussão nas etapas posteriores, tais como o Registro Digital do Voto (RDV) e a emissão do Boletim de Urna (BU), e, consequentemente, na ausência de certeza quanto à autenticidade do resultado da votação”. Na entrevista à imprensa para anunciar o teor da ação e os resultados da auditoria, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, disse que o objetivo é o “fortalecimento da democracia em nosso país”. Ele, no entanto, buscou tirar as credenciais do partido das conclusões da auditoria, feita pelo Instituto Voto Legal.
Taxa Selic
A proposta de emenda à Constituição (PEC) apresentada pela equipe de transição e declarações do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pioraram as expectativas para o custo do dinheiro no ano que vem. Entre economistas que acompanham de perto a política monetária, ganhou terreno a avaliação de que o Banco Central pode demorar mais a cortar a taxa básica de juros (Selic), hoje em 13,75% ao ano. Assim, ela tende a terminar 2023 num nível mais alto que o esperado até pouco tempo atrás. Além disso, nos últimos dias o mercado também passou a considerar "cenários alternativos" em que o Comitê de Política Monetária (Copom) pode não reduzir a taxa no próximo ano, ou até mesmo aumentá-la. Contribuiu para isso um alerta feito na última sexta-feira (18) pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, que chamou atenção para o efeito das incertezas fiscais sobre a política de juros. Ainda que por ora sejam vistas como menos prováveis, essas hipóteses mais pessimistas põem em dúvida aquela que é vista como a principal oportunidade da economia brasileira no ano que vem: o início da redução da taxa de juros. A Selic é a taxa que remunera boa parte dos títulos públicos e serve de referência para os juros cobrados nos empréstimos bancários. Usada pelo Banco Central para combater a inflação, ela está no patamar mais alto dos últimos seis anos, o que inibe o consumo de bens financiados e o investimento produtivo, além de dificultar a quitação de dívidas.
Inimigo Comum
O ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, disse ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, que seus países têm o mesmo inimigo. Segundo ele "Tanto Rússia como Cuba estão sujeitas a sanções (...) que procedem e têm origem no mesmo inimigo, o império ianque, que também manipulou uma parte importante do mundo". Essa foi a fala no início da reunião do cubano com Putin no Kremlin. Ele descreveu as sanções contra os dois países como "injustas" e "arbitrárias" e afirmou que "A Rússia sempre pode contar com Cuba". Nesse sentido, enfatizou que o governo cubano sempre condenou as sanções impostas a Moscou pelo Ocidente devido à campanha militar na Ucrânia.
Copa do Mundo
O zagueiro Thiago Silva, segundo jogador mais experiente da seleção brasileira, será o capitão do Brasil na estreia da Copa do Mundo, nesta quinta-feira (22), diante da Sérvia. No Catar, o defensor de 38 anos disputa a quarta Copa do Mundo. O zagueiro foi o dono da braçadeira na seleção entre 2011 e meados de 2014, inclusive na disputa do Mundial no Brasil. Ele perdeu o posto na sequência, quando Dunga assumiu como técnico. Quando Tite assumiu a seleção, em 2016, o treinador implantou um sistema de rodízio de capitães. Daniel Alves e Thiago Silva são frequentemente escolhidos para a função. Na Copa da Rússia, por exemplo, o zagueiro vestiu a braçadeira em dois jogos, contra Costa Rica e México. Com 109 jogos disputados pelo Brasil até o momento, Thiago Silva é o zagueiro que mais vestiu a camisa da seleção em jogos oficiais. Considerando todos os jogadores, trata-se do quinto com mais partidas.
A opinião de Paulo Uebel, que lista os 7 principais riscos do governo Lula para os brasileiros.
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