Com o fim das eleições para presidente, o Congresso deve se dedicar a votar projetos que ficaram pendentes ou que interessam ao futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os parlamentares seguem em atividade até o dia 22 de dezembro, conforme prevê a Constituição Federal. Depois dessa data, as sessões serão retomadas só no ano que vem, em 2 de fevereiro. Nesta semana, Lula foi a Brasília para se encontrar com os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL) e conversar sobre a transição de governo, além de definir a estratégia para alterar o Orçamento de 2023 e abrir um espaço de R$ 175 bilhões, fora do teto de gastos, para manter o Auxílio Brasil em R$ 600. Vetos do presidente Jair Bolsonaro e indicações do atual governo para embaixadas também devem ser apreciados. Na reportagem do nosso site você confere quais projetos devem ser apreciados pela Câmara e pelo Senado ainda em 2022.
A economia brasileira deve crescer mais que o esperado pelo mercado em 2023, de acordo com a equipe comandada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. A Secretaria de Política Econômica (SPE) calcula que o intervalo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano situa-se entre 1,4% e 2,9%, acima das atuais projeções de bancos e consultorias. Embora tenha aumentado nas últimas seis semanas, a mediana das estimativas coletadas pelo Banco Central indica expansão de apenas 0,7% em 2023, segundo o mais recente boletim Focus. Em nota informativa a SPE afirma que nos últimos três anos o crescimento do Brasil superou as projeções, tanto do mercado quanto as do próprio governo. Para os técnicos, há uma alteração na tendência de crescimento, com mudanças estruturais que ainda não são captadas pelos modelos de predição. Para chegar à estimativa de crescimento de até 2,9% em 2023, a equipe econômica levou em conta o carregamento estatístico (crescimento herdado de período anterior) e o padrão histórico dos últimos dez anos. Para os técnicos, o principal risco para a concretização desse cenário está relacionado ao crescimento global em um ambiente de maior inflação.
Os países que perseguiram as medidas sanitárias mais autoritárias na pandemia, como a política de “Covid zero” da China, têm os piores resultados quanto à imunidade populacional à doença nesta fase em que a variante ômicron é a dominante. Países que não fizeram lockdowns generalizados, como a Rússia, Singapura e Brasil, têm mais imunidade. Enquanto menos de dois a cada dez chineses podem ficar tranquilos quanto à possibilidade de se infectar, esse número entre brasileiros é de quase sete a cada dez. Mais de 232 milhões de chineses continuam sob confinamento estrito. Somente 17,2% dos chineses estão imunizados contra Covid. A taxa de imunização é de 68% entre os brasileiros. Essa estimativa é de 74,5% para a Rússia e 69,9% para Singapura. O Japão, que também fez lockdown, tem a taxa de imunização estimada em 38,9%. Os Estados Unidos perdem para o Brasil, com 60,5% de imunizados. A análise é do Instituto de Métricas e Avaliação de saúde (IHME, na sigla em inglês), afiliado à Faculdade de Medicina da Universidade de Washington.
O controle do Senado americano pode ser definido apenas em dezembro, quando será realizado no dia 6 o segundo turno entre o republicano Herschel Walker e o democrata Raphael Warnock. Segundo projeções da imprensa americana, com 99% dos votos apurados, nenhum dos dois poderá obter mais de 50% dos votos (havia um terceiro candidato na disputa), o que exigirá a votação complementar. Estavam em disputa nas eleições de meio de mandato presidencial, realizadas na terça-feira (8), 35 das cem cadeiras no Senado. Já foram definidos os ocupantes de 32 assentos, e por ora o Partido Republicano soma 49 cadeiras (acrescentando as que não estão em disputa), enquanto os democratas somam 48.
A opinião de Ilona Becskeházy, que escreve sobre a volta do PT ao MEC.
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