As eleições de 2022 resultaram na vitória apertada de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pelo Palácio do Planalto, mas, pelo país, alguns dos estados mais populosos e ricos elegeram governadores de direita que apoiaram Jair Bolsonaro (PL), como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. Mas apesar de terem feito, muitas vezes, dura oposição ao petista durante a campanha, os governadores eleitos (ou reeleitos) já demonstraram que estão abertos ao diálogo com o novo mandatário. Em São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro de Bolsonaro, disse logo após a vitória que vai buscar um “alinhamento” com o governo de Lula. Romeu Zema (Novo), reeleito governador de Minas Gerais, adotou um discurso conciliatório após a vitória do petista e se disse “aberto ao diálogo para que o Brasil possa crescer com trabalho, honestidade e respeito”. No Amazonas, onde Wilson Lima (União Brasil) venceu a eleição colado em Bolsonaro, em um estado que elegeu Lula, disse, em entrevista, que não tem dificuldade nenhuma de conversar com quem quer que seja para ajudar a população. Declarações semelhantes de diálogo com o futuro presidente foram adotadas também por Ratinho Junior (PSD), reeleito governador do Paraná, e Jorginho Mello (PL), eleito em Santa Catarina. Ambos não demoraram a reconhecer o resultado das urnas. O paranaense adotou um discurso de união e disse que “é hora de continuar trabalhando, juntos por um Brasil unido e em paz”. Jorginho Mello, por sua vez, disse que não tem dificuldade nenhuma em relacionamento com o presidente Lula, nem com qualquer presidente.
Quando tomar posse no cargo de Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá os últimos processos ainda abertos contra ele na primeira instância da Justiça remetidos para o Supremo Tribunal Federal. No STF, no entanto, eles deverão permanecer parados, em razão da regra constitucional que impede a responsabilização do chefe do Executivo federal por atos anteriores ao mandato. É o que determina o artigo 86, parágrafo 4º, da Constituição Federal. A jurisprudência do STF entende que isso abrange todos os atos praticados antes do mandato que podem configurar crime, o que leva à paralisação desses processos. A maioria das ações que tramitavam contra Lula, no entanto, já foi arquivada ou anulada, por absolvição ou prescrição. As mais famosas, que envolviam o tríplex do Guarujá e o sítio de Atibaia foram arquivadas. Outros dois casos da Lava Jato, em que Lula era acusado de corrupção e lavagem de dinheiro em razão da compra de um terreno, pela Odebrecht, para o Instituto Lula, e de doações da empreiteira para a entidade, foram suspensos no próprio STF, pelo ministro Ricardo Lewandowski. Um terceiro processo, da Operação Zelotes, em que Lula era acusado de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa na compra de 36 caças suecos pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), também foi suspenso pelo ministro, em março deste ano. Esses podem ser praticamente os únicos processos que deverão subir para o STF. Nada indica, porém, que, na Corte, esses casos tenham andamento. De qualquer modo, enquanto durar a suspensão, não corre o prazo de prescrição.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020, ano do início da pandemia da Covid-19 no país, atingiu R$ 7,6 trilhões, com queda de 3,3% em comparação com o ano anterior, ante uma previsão anterior de queda de 3,9%. Os dados foram revisados e publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o novo levantamento, a Agropecuária cresceu 4,2%, a Indústria caiu 3,0% e os Serviços caíram 3,7% no período. Em 2020, sete dos 12 grupos de atividades econômicas recuaram.
Ao menos 853 migrantes morreram nos últimos 12 meses durante a tentativa de atravessar a fronteira entre Estados Unidos e México sem documentos, fazendo de 2022 o ano mais mortífero da história. O alerta é das organizações civis com base em dados da Patrulha de Fronteira americana. Esse número supera as 546 mortes registradas no ano de 2021, e apenas considera os migrantes identificados ou processados em território dos EUA, ou seja, não relata aqueles que morreram em território fronteiriço mexicano. As informações oficiais indicam que muitos dos migrantes se afogaram no rio Bravo, a fronteira natural entre os dois países, enquanto outros morreram devido às altas temperaturas no deserto. Além disso, alguns faleceram ao escalar e cair dos muros erguidos na fronteira.
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