Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se elegeu presidente do Brasil pela terceira vez. É a primeira vez desde que o país passou a ter a possibilidade de reeleição, em 1998, que um presidente no exercício do mandato não vence a eleição que disputa. Aos 77 anos de idade, Lula vai comandar o país a partir de 1.º de janeiro de 2023. Ele já havia sido presidente por dois mandatos sucessivos entre 2003 e 2010. A eleição de Lula marca a volta da esquerda ao poder. O PT não comandava o país desde que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) sofreu impeachment, em 2016. O resultado de 2022 também é uma reviravolta pessoal do petista, que havia sido condenado e preso por corrupção em processos decorrentes da Operação Lava Jato. Por isso, ele não pôde disputar a eleição de 2018 devido às restrições da Lei da Ficha Limpa. Lula conseguiu anular suas condenações no Supremo Tribunal Federal (STF) e recuperou o direito de participar de eleições. A eleição presidencial de 2022 foi uma das mais disputadas desde a redemocratização do país, nos anos 1980. No primeiro turno, Lula já havia vencido com uma margem estreita de votos: recebeu 48,43% contra 43,20% de Bolsonaro. A diferença nesse segundo turno não chegou a 2% do total de votos válidos. A polarização de Lula com Bolsonaro marcou todo o processo eleitoral, da pré-campanha à campanha. O petista buscou explorar a insatisfação de parte do eleitorado com Bolsonaro – especialmente na economia. Lula apostou na estratégia de passar a imagem de que nos seus governos a população tinha uma vida melhor do que agora. Também prometeu "reconstruir" o país com foco nos mais pobres e no direito dos trabalhadores ao sinalizar que pretende promover mudanças na reforma trabalhista aprovada pelo governo do ex-presidente Michel Temer (MDB).
No nosso site você também relembra uma trajetória do presidente eleito, que volta ao Palácio do Planalto 12 anos depois de deixar a Presidência. Assim como os fatores que explicam a vitória de Lula no 2.º turno da eleição presidencial.
Em São Paulo Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), ex-ministro e aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), manteve a dianteira já conquistada no primeiro turno sobre Fernando Haddad (PT). Bolsonaro também venceu a eleição no estado, que é o maior colégio eleitoral do país. No primeiro turno, o presidente ganhou de Lula entre os paulistas, com 47,71% contra 40,89% do petista. Neste domingo, Bolsonaro obteve 55,32% de votos no estado, frente a 44,68% de Lula.
Jorginho Mello (PL) foi eleito governador de Santa Catarina. Após liderar a disputa no primeiro turno, o senador venceu novamente o ex-deputado federal Décio Lima (PT). Esse é o primeiro cargo executivo da carreira política de Jorginho.
Eduardo Leite (PSDB) foi reeleito governador do Rio Grande do Sul. Após ficar em segundo lugar na disputa no primeiro turno, o tucano virou a votação contra o deputado federal Onyx Lorenzoni (PL). Com a vitória, Leite se tornou o primeiro chefe do executivo com mandatos consecutivos no estado desde 1998.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), foi reeleito ao cargo com 53,8% dos votos válidos. Ele disputou o segundo turno com Carlos Humberto Manato (PL), que terminou a eleição com 46,2%.
No Mato Grosso do Sul Eduardo Riedel (PSDB) foi eleito. Após ficar em segundo lugar na disputa no primeiro turno, o tucano virou a votação contra o deputado estadual Capitão Contar (PRTB). Dessa forma, o PSDB vai para o terceiro mandato consecutivo no comando do Poder Executivo sul-mato-grossense.
Raquel Lyra (PSDB) foi eleita neste domingo (30) a nova governadora de Pernambuco. A candidata obteve 58,70% dos votos contra 41,30% da adversária, Marília Arraes (SD). Com a votação, Raquel conseguiu inverter o resultado do primeiro turno, em que Marília largou na frente.
O atual governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), foi reeleito. Ele obteve 52,51% dos votos válidos e Pedro Cunha Lima (PSDB), teve 47,49% dos votos.
Jerônimo Rodrigues (PT) foi eleito governador da Bahia neste domingo (30), com 52,78% dos votos. Ele venceu ACM Neto (União Brasil), ex-prefeito de Salvador, que teve 47,22% dos votos.
Paulo Dantas (MDB), atual governador de Alagoas, foi reeleito com 52,33% dos votos. Aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dantas superou Rodrigo Cunha (União Brasil), que obteve 47,67%.
O atual governador de Rondônia, Coronel Marcos Rocha (União Brasil), foi reeleito com 52,47% dos votos na disputa contra Marcos Rogério (PL), que teve 47,53%.
Fábio Mitidieri (PSD) foi eleito o novo governador de Sergipe. Ele conseguiu 51,70% dos votos, superando Rogério Carvalho (PT), que teve 48,3%.
O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), foi reeleito. Ele venceu o adversário, Eduardo Braga (MDB).
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu 2.326 denúncias de propaganda eleitoral irregular até as 17h de domingo (30), horário oficial de encerramento do segundo turno das eleições. Os registros foram feitos pelo aplicativo Pardal. O número de relatos é inferior apenas ao do dia 2 de outubro, data do primeiro turno, quando foram registradas 5.332 denúncias. Segundo o TSE, as campanhas para presidente da República foram responsáveis por 10.619 denúncias, enquanto os candidatos a governador registraram 4.464.
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