O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que foi reeleito em Alagoas, afirmou que pretende conversar com líderes e partidos para votar algum tipo de regulamentação para as pesquisas eleitorais. Segundo ele, os institutos de pesquisa influenciaram diretamente as eleições deste domingo (2) em vários estados e tiveram erros graves em seus resultados. Segundo o deputado nos quatro principais estados do Brasil a pesquisa do Ipespe errou em três. Ele disse ainda que quer focar nessas pautas para que o Brasil possa escolher com tranquilidade no segundo turno e que as empresas de pesquisa não devem ser usadas para conduzir o eleitorado. Pelas redes sociais, Lira afirmou que os números não erram, ao citar o resultado das urnas nas eleições. No último mês, ele defendeu uma punição para os institutos que errassem os resultados.
As eleições de 2022 deixaram "desempregados" políticos tradicionais que acumulavam mais de 15 anos em mandatos públicos. São nomes que não conseguiram renovar seus mandatos ou que tentaram voos mais altos no cenário político e não obtiveram sucesso. A lista dos "desempregados'' começa pela senadora Simone Tebet (MDB), que concorreu à Presidência e ficou em terceiro lugar no primeiro turno. Como seu mandato no Senado se encerra em fevereiro, ele vai ficar sem mandato pelo menos até as eleições de 2024. Desde 2003 somente em um breve período em 2010 ela esteve no exercício de um mandato. Fernando Collor (PTB-AL) tentou, sem sucesso, se eleger governador de Alagoas. Alvaro Dias (Podemos-PR) perdeu para o ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro (União Brasil). Ele estava de forma ininterrupta desde 1999 no Senado. Kátia Abreu (PP-TO) exerce mandatos no Congresso Nacional desde 2003, mas a partir do ano que vem estará sem mandato eletivo. Rodrigo Garcia (PSDB-SP), Alessandro Molon (PSB-RJ), Rose de Freitas (MDB-ES) e João Campos (Republicanos-GO) também não conseguiram ser eleitos no último domingo.
Os candidatos eleitos no domingo (2) criaram uma nova relação de forças na Câmara dos Deputados. Entre os partidos, a maior bancada ficou com o PL, que elegeu 99 deputados. A segunda colocação ficou com o PT, que conseguiu 68 cadeiras (a Federação Brasil da Esperança, que reúne PT, PCdoB e PV, somou 80 cadeiras). Já a terceira maior bancada será a do União Brasil, com 56 deputados eleitos até agora – a projeção indica que esse número pode aumentar para 59. O resultado indica uma boa notícia para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que fará o segundo turno da disputa presidencial contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os demais partidos que compõem a coligação de Bolsonaro, PP e Republicanos, elegeram, respectivamente, 47 e 39 deputados. Os partidos que apoiam a eleição de Lula, por sua vez, elegeram 115 deputados. O Centrão também saiu fortalecido da disputa. O MDB, partido que é historicamente o maior expoente do grupo, elegeu 42 deputados, cinco a mais do que tem atualmente. Já o PSD fez 40 deputados (com projeção de chegar a 42).
Um relatório divulgado no mês de setembro pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), agência da Organização das Nações Unidas (ONU), afirma que, atualmente, há 28 milhões de pessoas em trabalho escravo no mundo e outras 22 milhões em casamento forçado, o que totaliza 50 milhões de pessoas em situação de escravidão moderna. O relatório anterior, publicado cinco anos antes, mostrava 40 milhões de escravos modernos em todo o planeta. Embora a ONU fale em “10 milhões de pessoas a mais” nessas condições em meia década, estudiosos analisam não se tratar de um crescimento vertiginoso da escravidão, mas de um aprimoramento nos métodos de diagnóstico, cujas limitações ainda impedem de revelar a real dimensão do problema.
A opinião de Flavio Quintela, que escreve sobre as pesquisas eleitorais e afirma que, de novo, foram um vexame.
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