Além de intensificar as agendas nos estados do Sudeste, que concentram 42% de todo o eleitorado, a campanha petista de Lula pretende manter uma mobilização nas redes sociais e trabalhar para reduzir as taxas de abstenção entre os eleitores mais pobres.
Ainda no final da última semana, o candidato petista cumpriu várias agendas em cidades de Minas Gerais. Destaque para atos nos quais ele teve ao lado a ex-candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet.
Tebet, aliás, deve voltar a Minas nesta semana ao lado de Geraldo Alckmin (PSB), vice na chapa de Lula, e do deputado federal eleito por São Paulo, Guilherme Boulos (Psol). Ainda sem uma data definida, eles visitarão cidades da região sul e do chamado Triângulo Mineiro.
Em outra frente, a campanha de Lula prepara uma mobilização com estratégias específicas para a internet. A avaliação dos integrantes do PT é de que o debate nas redes sociais será determinante na influência do eleitorado na véspera do segundo turno. Integrantes da campanha defendem, por exemplo, que o que eles consideram como "falhas" da campanha de Bolsonaro devem ser exploradas nas redes, entre elas o episódio com as adolescentes venezuelanas.
Na campanha de Jair Bolsonaro, do PL, o foco na reta final é reduzir a rejeição do presidente, conquistar eleitores indecisos e recuperar votos perdidos para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno. Além de, assim como do lado petista, tentar evitar a abstenção no dia da votação.
A campanha tem promovido uma espécie de inversão no tom dos discursos feitos por Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro, que tem tido uma função importante na busca de votos. Enquanto o candidato à reeleição adotou um tom mais moderado, ela passou a fazer declarações mais duras. A campanha entende que a adoção de uma comunicação mais combativa por Michelle ajuda no objetivo de converter votos pelo sentimento de "medo" do PT.
O presidente também manterá o foco das suas viagens nos maiores colégios eleitorais do país. São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro estarão no roteiro nesta semana. Para convencer os eleitores a votarem no segundo turno, os estrategistas da campanha recomendaram que Bolsonaro explore falas emocionais relacionada às famílias e às crianças, alertando para o risco que seria a volta da esquerda ao poder.
Outra estratégia de comunicação da campanha nesta reta final será a de segmentar o conteúdo para públicos específicos – evangélicos, mulheres, nordestinos, jovens, etc – por meio das redes sociais.
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