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Sábado, 22 de novembro, por volta das 6h20 da manhã. O ex-presidente Jair Bolsonaro é preso preventivamente por ordem de Alexandre de Moraes e torna-se o 4º presidente levado à prisão em 7 anos. Começa, então, uma sequência de fatos.
O ministro do STF convoca sessão da Primeira Turma para referendar a detenção.
A decisão logo é “baixada” pela imprensa e todo o público facilmente tem acesso ao conteúdo. Aliados de Bolsonaro reagem e juristas veem reforço à tese de perseguição. A defesa do ex-presidente alega perplexidade e cita a possibilidade de a decisão ser inconstitucional.
No documento, o magistrado fala sobre a organização de vigília em frente ao condomínio de Bolsonaro - convocada na sexta-feira (21) pelo filho e senador Flávio -, violação de tornozeleira e suposta tentativa de fuga.
O juiz chegou, na ordem, a chamar as ações dos filhos de Bolsonaro de “iniciativas patéticas” para justificar a prisão.
Rapidamente, um protesto começa em frente à superintendência da Polícia Federal, para onde Jair Bolsonaro foi levado. Esta é a descrição da sala onde o ex-presidente está detido.
Inicialmente, Bolsonaro diz que usou ferro de solda em tornozeleira “por curiosidade”. Na audiência de custódia, disse que queimou o aparelho por “certa paranoia” e “alucinação”, argumento reforçado pela defesa.
Pouco mais tarde, a primeira visita. A ex-primeira dama Michele Bolsonaro é autorizada, e entra na PF em meio a gritos de apoio ( veja fotos da movimentação).
Na saída, Bolsonaro acompanha Michelle até a porta da PF e é visto pela 1ª vez desde a prisão. O ministro Alexandre de Moraes, então, autoriza também a visita dos filhos. Mas não no domingo. Confira as datas.
Mas em meio a tantas notícias, afinal, o que Moraes alega como fator ou fatores determinante(s) para a detenção? Entenda o que motivou a prisão de Bolsonaro.
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Repercussão e estratégia. Após a prisão de Bolsonaro, alguns parlamentares de direita chegaram a dizer que "Moraes quer matar Bolsonaro".
O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, fez coro e falou em tortura. Por sua vez, Flávio alega “processo forjado” e criminalização da crença.
Não foram só eles. Donald Trump classificou a prisão como "muito ruim". Já a embaixada dos Estados Unidos criticou Moraes ao afirmar que o ministro expôs o STF à vergonha.
E o caso, claro, foi destaque na imprensa internacional; veja repercussão.
Os governadores (e presidenciáveis) de direita
Tarcísio de Freitas, Ratinho Júnior, Romeu Zema e Ronaldo Caiado saíram em defesa de Bolsonaro e criticaram Moraes.
Essa questão presidenciável, aliás, levantou uma “pulga” imediata atrás da orelha do Centrão para definir rival para Lula.
Opinião da Gazeta
"Os absurdos são inúmeros, a começar pela criminalização da manifestação, um direito garantido em cláusula pétrea constitucional. A intenção anunciada é a de rezar pelo ex-presidente e pelo retorno da democracia no Brasil; não há nenhum elemento que permita tirar as conclusões que Moraes tira em sua decisão."
Leia a íntegra do editorial sobre a prisão de Bolsonaro
Colunas e artigos
Marcel van Hattem | A prisão ilegal de Bolsonaro e o que isso significa para você
Roberto Motta | O curioso encontro de uma jornalista de esquerda com a realidade
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Para inspirar
A esquerda e o sequestro da Ciência. Este é um livro que vem dando o que falar. O colunista Flavio Gordon recomenda que você entenda a operação de sequestro político do imaginário científico que o historiador romeno Lucian Boia examina em A Mitologia Científica do Comunismo , já lançado no Brasil.
Bom dia e excelente semana!



