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Aviãoes em rota de pouso
Aviãoes em rota de pouso| Foto: Maicon J. Gomes/Gazeta do Povo

O aumento nos casos de Covid-19 e a epidemia de H3N2 voltam a levantar a preocupação sobre os voos no Paraná justamente em um momento que o estado ampliava sua malha aérea.

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No final deste mês, por exemplo, estava programado o início da operação de novos trajetos dentro do programa estadual Voe Paraná. Além disso, em dezembro do ano passado, a Azul iniciou a venda de passagens de voos diretos para Curitiba vindo de Cianorte, Telêmaco Borba, Arapongas, Campo Mourão, Apucarana, Guaíra, Francisco Beltrão, Cornélio Procópio e União da Vitória.

O primeiro voo do programa está previsto para a próxima segunda-feira (24) e é de Curitiba a Cianorte, às 6h30.

A Secretaria de Infraestrutura e Logística do Paraná respondeu à Gazeta do Povo que é "possível" que haja alterações nos voos se continuar a crescente de casos de Covid-19 e Influenza, seguindo a mesma dinâmica decorrente dos impactos sobre o setor de aviação. A Azul informou que os novos voos previstos para inauguração na semana que vem estão, a princípio, mantidos.

Foz do Iguaçu tinha feito uma previsão de 100 mil passageiros chegando e saindo do Aeroporto Cataratas só em janeiro, uma quantidade 14,3% maior do que no ano passado. De acordo com a secretaria municipal de turismo, por enquanto, uma quantidade muito pequena dos voos de Foz foi cancelada e a Agência Municipal anunciou que a Infraero já repassou a planilha com a previsão de voos para o mês.

Funcionários afastados são a maior preocupação

Na semana passada, cerca de 140 voos foram sendo cancelados por dia no Brasil, segundo a Infraero, e, nos últimos dias, são cerca de 30 decolagens canceladas por dia. O principal motivo, de acordo com as companhias aéreas, é a baixa no quadro de funcionários contaminados pelas doenças.

Nas duas primeiras semanas de janeiro, houve um aumento em 405% de funcionários da Azul afastados. A dispensa médica de tripulantes afeta a escala de revezamento para os voos. De acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a companhia está com um número maior de voos em comparação ao período de auge da pandemia, mas com o mesmo contingente de tripulantes, e por isso é a que mais precisou fazer cancelamentos.

Cerca de 30% das decolagens do Brasil são feitas pela Azul. São aproximadamente 800 voos por dia. Em nota, a companhia informou que, mesmo com os cancelamentos, 90% dos voos estão sendo feitos normalmente e que “clientes impactados estão sendo notificados das alterações, reacomodados em outros voos da própria companhia e recebendo toda a assistência necessária, conforme prevê a resolução 400 da Anac”.

Já a Latam anunciou que, nas últimas semanas, os voos cancelados representam 1% do quadro de decolagens. A Gol, até o momento, não precisou cancelar nenhum voo por causa do afastamento de funcionários.

Direitos dos passageiros

Na semana passada, o Procon-PR notificou as empresas pedindo explicação sobre o que estão fazendo para atender os usuários. De acordo com a diretora do Procon no Paraná, Claudia Silvano, o consumidor tem o direito de ser informado sobre o cancelamento pelas empresas em tempo hábil, além de ser realocado em outro voo, em horário e dias compatíveis com a vontade do consumidor.

Em caso de cancelamento, o valor pago deve ser devolvido no prazo máximo de 7 dias. “Se o consumidor estiver em trânsito, a empresa deve prestar toda assistência material: desde a comunicação, alimentação e até hospedagem, se for o caso”, explicou.

Quem ainda tiver problemas ou dúvidas, pode fazer registro ou comunicação no consumidor.gov.br


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