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Ex-prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná pelo PSDB, Beto Richa deve trocar de partido para ser candidato pelo PL.
Ex-prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná pelo PSDB, Beto Richa deve trocar de partido para ser candidato pelo PL.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo/Arquivo

Um dos principais nomes do PSDB no país, o deputado federal e ex-governador Beto Richa pode ter a filiação no Partido Liberal (PL) confirmada após reunião em Brasília, nesta quarta-feira (13), com a presença de lideranças nacionais e de deputados paranaenses da sigla.

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O PL ainda não divulgou, oficialmente, a filiação de Richa na janela partidária, mas fontes ouvidas pela reportagem da Gazeta do Povo confirmaram que ele deve trocar de partido e assumir a pré-candidatura em Curitiba com apoio de Jair Bolsonaro (PL).

A informação também teria sido confirmada às lideranças do PL no Paraná pelo presidente nacional da legenda, Valdemar da Costa Neto. A notícia pegou de surpresa até interlocutores da legenda no estado, pois o presidente estadual do PSDB e da Federação PSDB-Cidadania se colocava como pré-candidato tucano à prefeitura de Curitiba e cogitava até a participação da ex-primeira dama, Fernanda Richa.

A articulação política para atrair o tradicional tucano para o PL deve mudar o cenário político na capital paranaense.

O PSD, sigla do governador do Paraná, Ratinho Junior, trabalhava nos bastidores para atrair o apoio do PL ao pré-candidato Eduardo Pimentel, secretário estadual e vice-prefeito na administração de Rafael Greca (PSD). Depois que Bolsonaro chegou a declarar que vetava apoio a candidatos do partido por conta da relação com Gilberto Kassab, presidente nacional da sigla, os partidos se afastaram no Paraná, colocando em xeque a aliança Ratinho-Bolsonaro na capital.

Pelo PSDB, Beto Richa foi prefeito de Curitiba e administrou a capital paranaense entre 2005 e 2010, quando deixou a gestão municipal para a eleição ao cargo máximo do Executivo paranaense. Ele foi eleito ao Palácio do Iguaçu e governou o estado do Paraná até 2018, encerrando o segundo mandato investigado por desvios de dinheiro público na administração tucana.

Durante a operação Integração, que revelou um esquema de corrupção para pagamentos de propinas na antiga concessão de pedágio no estado, Richa foi preso em setembro de 2018, pela suspeita de desvios no Anel de Integração, que passou a ser investigado durante os desdobramentos da Lava Jato. Ele ainda foi acusado por suspeita de corrupção nas operações Quadro Negro, Piloto e Rádio Patrulha.

No final do ano passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF ) Dias Toffoli declarou a nulidade dos processos contra Richa, que teria sido vítima de “conluio processual”. Na última entrevista à Gazeta do Povo, ainda como pré-candidato tucano, Richa respondeu que foi inocentado pela Justiça mas que terá que recolher “as penas que foram lançadas ao vento” e contornar o cenário no diálogo e no corpo a corpo com os eleitores.

Se confirmada, saída do tucano marca fim da “era Richa” no PSDB do Paraná

Filho do ex-governador José Richa, um dos fundadores do PSDB no país, Beto Richa seguiu a trajetória do pai no partido, que foi protagonista da política nacional nos anos 1990 durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso. Em 1994, Beto Richa iniciou a vida pública ao ser eleito deputado estadual pelo partido e foi reeleito quatro anos depois para o segundo mandato na Assembleia Legislativa do Paraná.

Em 2000, ele foi eleito vice-prefeito de Curitiba e venceu a eleição municipal seguinte para assumir a cadeira de prefeito da capital do estado. Em 2003, José Richa faleceu aos 69 anos. Ele foi senador pelo Paraná em 1978 e em 1986 e também governador entre 1983 e 1986, além de ter sido prefeito de Londrina, cidade natal de Beto Richa.

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