Um grave acidente provocado pela colisão de um ônibus escolar e um trem matou duas crianças e deixou seis gravemente feridas. Foi em Jandaia do Sul, no Norte do Paraná, perto das 12 horas desta quinta-feira (9). O ônibus é da Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (Apae) e levava 25 crianças de volta da escola para casa. Além das crianças, havia três monitoras e o motorista, no total de 29 pessoas.
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A colisão foi na altura da rua Presidente Kennedy, na localidade da Vila Rica. As causas do acidente vão ser investigadas pelas forças de segurança. O ônibus avançou sobre o trilho e foi atropelado pelo trem que transportava oito vagões totalmente carregados. Em entrevista ao G1, o delegado de Jandaia do Sul, Carlos Diego Paravidino, informou que o condutor foi ouvido acompanhado de um advogado.
Durante o depoimento, ele alegou que prestou socorro às vítimas, mas deixou o local do acidente com medo de ser agredido pelos populares. "Ele confirmou que não viu o trem se aproximando, e sequer ouviu barulho, mesmo após um carro ter parado do outro lado da rua. Como prestou socorro, foi liberado, o que inclusive está previsto pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB)", informou o delegado.
Em nota, a Rumo Logística, concessionária responsável pela linha férrea onde ocorreu o acidente, informou que "o maquinista do trem acionou a buzina para alertar sobre a travessia do trem, bem como acionou os freios quando foi surpreendido pelo veículo".
De acordo com a Rumo, "por ser uma composição de carga de grande escala, o trem pode levar até 500 metros para conseguir parar por completo após o acionamento do freio". A empresa informou que "lamenta profundamente o acidente e que está à disposição das autoridades policiais para contribuir com todas as informações necessárias".
Equipes do Corpo de Bombeiros de Apucarana e Jandaia do Sul atenderam o acidente. O resgate das vítimas contou também com o apoio de ambulâncias dos municípios vizinhos e aeronaves do governo estadual. Os hospitais da região se mobilizaram para socorrer os feridos. Os casos mais graves estão sendo atendidos em Sarandi, Maringá, Londrina, Apucarana e Arapongas. Os outros casos estão sendo acompanhados em Jandaia do Sul, Apucarana e Arapongas. O governo do Estado decretou luto oficial de três dias pelas vítimas.