A Marinha do Brasil informou que a Capitania dos Portos do Paraná abriu um inquérito administrativo para apurar a causa de um pequeno acidente na travessia da Baía de Guaratuba, na noite deste domingo (27). Possíveis responsabilidades também serão investigadas. O ferry-boat Piquiri abalroou a balsa Vitória durante a atracação em Caiobá, assustando usuários do transporte. A empresa que presta o serviço, a Internacional Marítima, reforça que se trata de um caso pontual e que não houve vítimas.
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Em nota encaminhada à Gazeta do Povo na noite desta segunda-feira (28), a Marinha do Brasil explica que, ainda no domingo, foi enviada uma equipe de inspeção naval para averiguar o acidente. “Não houve registro de vítimas e nem de grandes avarias nas embarcações mas, pela inércia, alguns veículos se movimentaram e sofreram danos. Após a verificação das embarcações pela equipe de Inspeção Naval, foi constatado que as embarcações poderiam continuar sua operação normalmente”, aponta a nota.
“A Marinha do Brasil informa também que, como Autoridade Marítima, tem como propósito assegurar salvaguarda da vida humana, a segurança da navegação e a prevenção da poluição hídrica por parte de embarcações. Dentro desse escopo, a Capitania dos Portos do Paraná vem atuando na fiscalização regular da travessia de Guaratuba”, continua.
Já a Internacional Marítima, empresa responsável pelo serviço de travessia, afirmou em nota à Gazeta do Povo que “todos os protocolos de emergência e segurança foram imediatamente tomados e não tivemos registros de nenhuma vítima”. “As providências de assistência às pessoas que tiveram seus veículos avariados já estão sendo tomadas”, acrescenta a empresa, que é do Maranhão e assumiu o serviço de travessia no mês passado, através de um contrato emergencial com o governo do Paraná.
“A Internacional Marítima registra que este caso é pontual e reitera o compromisso de atender aos usuários em um processo de constante melhoria”, afirma a empresa.
Relatório da CGE
A Controladoria-Geral do Estado (CGE) também fez uma visita às instalações do transporte marítimo na Baía de Guaratuba nesta segunda-feira (28). Foi a primeira inspeção da CGE desde que a Internacional Marítima assumiu o serviço.
O resultado do trabalho da CGE será encaminhado ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER), à Marinha do Brasil e à Agência Reguladora (Agepar), além da própria empresa, para que os problemas levantados sejam corrigidos.
O diretor de Auditoria, Controle e Gestão, Gil Souza, já observou atrasos. “A reforma de um atracadouro tem prejudicado o fluxo de embarcações e, consequentemente, das pessoas que precisam fazer a travessia diariamente”, antecipa ele, em fala à Agência Estadual de Notícias (AEN).
Ainda nesta segunda-feira (28), a Internacional Marítima soltou um comunicado para avisar os usuários de uma restrição temporária do transporte de veículos pesados para manutenção do atracadouro 04. Veículos pesados não poderão utilizar o serviço de travessia das 20 horas de terça-feira (29) até as 8 horas de quarta-feira (30). “Neste período, o atracadouro 04 será submetido a reparos no sentido de garantir a segurança, comodidade e eficiência dirigida aos usuários”, informa a empresa.
Histórico
A Internacional Marítima opera em regime de permissão desde o recente rompimento do DER com a empresa BR Travessias, originalmente contratada para atuar por dez anos. Uma nova licitação para operar o serviço está sendo preparada pelo DER.
Por conta do longo histórico de problemas na travessia marítima, o governo do Paraná tem reforçado o que considera a “solução definitiva” para o local, a construção de uma ponte. O Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) da obra está em andamento.
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