A Secretaria Municipal da Saúde de Londrina ligou o alerta. Um levantamento em mais de 10 mil residências apontou que, a cada cem imóveis vistoriados na cidade, 5,5 apresentaram alto risco de infestação do mosquito da dengue. Esses 5,5% estão bem mais altos do que o índice aceitável de 1%.
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"Dentro dos parâmetros do Ministério da Saúde, é um número alto, que nos coloca numa situação de alerta para uma possível epidemia", ressaltou o secretário municipal da saúde de Londrina, Carlos Felippe Marcondes.
Ele anunciou que será utilizado o fumacê e a prefeitura vai retomar os mutirões de "bora fora" de lixo, em especial nos pontos da cidade em que o índice de risco é maior. Na parte norte do município, além do grande foco do mosquito, há mais de 500 notificações de pessoas com suspeita da doença.
O secretário ainda destacou que a ajuda da população é fundamental contra a disseminação do Aedes Aegypti. "91% dos focos do mosquito da dengue estão nos nossos quintais: um prato de planta, um bebedouro de animais, um recipiente que fica jogado. Os outros 9% estão dentro das nossas casas: nas salas, nos quartos, nos banheiros".
Outra preocupação das autoridades é que os sintomas da dengue, da H3N2 e da Covid-19 podem ser parecidos. Os postos de saúde de Londrina têm, em média, 2 mil pacientes buscando atendimento todos os dias. “A gente já observou uma procura maior nas unidades de saúde. A prefeitura acaba de publicar um teste seletivo para contratação de mais profissionais. Se for necessária uma ampliação da retaguarda para atendimento da dengue, nós vamos utilizar essa ferramenta”.
A quantidade de notificações de arboviroses (dengue, zika e chykungunya) em Londrina é de 3.456. Os outros municípios com mais de mil registros são Foz do Iguaçu (2.509) e Rolândia (1.330). Os dados são da Secretaria estadual de Saúde.
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