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Copel finaliza reforma da Usina Foz do Areia, em Pinhão
| Foto: Copel

A Copel (Companhia Paranaense de Energia) finalizou a modernização da Usina Governador Bento Munhoz da Rocha Netto, também conhecida como Foz do Areia, localizada no rio Iguaçu, em Pinhão (PR). Com a mudança, as quatro unidades geradoras passarão a produzir 11% a mais de energia do que as antigas, com a mesma quantidade de água.

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“Elas consomem menos água para gerar a mesma coisa. As máquinas têm perfil hidráulico totalmente novo. Será um ganho desse consumo de água muito bom nos reservatórios”, afirma o Superintendente de Geração de Energia da Copel, Jaime de Oliveira Kuhn. De acordo com ele, as usinas passaram a ter um aspecto físico de perfil hidráulico que permite maior força quando a água passa por elas.

Foz do Areia é a maior usina operada pela empresa, com 1.676 megawatts de potência total instalada. A reforma e troca de equipamentos durou quase seis anos e teve R$ 150 milhões em investimentos. Além dos ganhos na produção de energia, a modernização vai proporcionar benefícios como redução de custos com manutenção e um aumento na vida útil da usina, que já soma 35 anos. “A parada de máquina será muito menor, a manutenção será menor, enquanto o ganho para sociedade será maior. Isso permite à usina operar por mais 30 anos”, comemora o superintendente.

A tecnologia é de 2015, época em que foram definidos todos os parâmetros de instalação. A primeira parte foi focada num trabalho de especificação técnica, com visitas a outras instalações para identificar os requisitos necessários e adequá-los. O passo seguinte foi licitar o projeto e encontrar um fornecedor que desenvolvesse modelos reduzidos, com cerca de 10% do tamanho real. “Você estuda e desenvolve todo perfil hidráulico com tecnologias e algoritmos atuais. Isso faz com que se desenvolva o modelo ideal para a usina”, explica. A etapa foi desenvolvida em um laboratório na Áustria e, a partir da versão em "miniatura", a fabricação dos componentes da turbina foi iniciada.

O processo de modernização é demorado, pois cada máquina leva um ano para ser atualizada. “São peças enormes, que exigem transporte especial”. Além disso, conforme explica Kuhn, não é possível trabalhar nas quatro ao mesmo tempo, tanto por falta de espaço, como pela necessidade de equipamentos que só podem ser utilizados um por vez.

Somado a isso, uma troca total inviabilizaria a geração de energia, o que seria ainda mais prejudicial nesse momento de crise hídrica. “Durante os quatro anos, ficamos com três máquinas na usina gerando [energia], o que não deu problema. A carga foi atendida e a falta de uma das máquinas foi compensada pelas outras usinas”, ressalta.

A primeira turbina teve uma parte fabricada na China, outra no Brasil, e ambas foram soldadas na Alemanha, para então ser trazida ao país por um navio. As outras três foram feitas totalmente em território nacional. Na sequência, ao longo de um ano, foi realizado o trabalho de desmontagem, reforma, substituição de equipamentos, montagem e comissionamento para retorno à operação de cada uma das quatro unidades geradoras. A última começou a ser desmontada em setembro de 2020 e, no último dia 30 de agosto, voltou a produzir energia. A execução do projeto em campo levou quatro anos, conforme previsto no cronograma.

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