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Ricardo Arruda (PL) aposta na cassação de Moro (União) e dobradinha com Paulo Martins (PL) para o Senado, com apoio do ex-presidente Bolsonaro.
Ricardo Arruda (PL) aposta na cassação de Moro (União) e dobradinha com Paulo Martins (PL) para o Senado, com apoio do ex-presidente Bolsonaro.| Foto: Orlando Kissner/Assembleia Legislativa do Paraná

O deputado estadual Ricardo Arruda (PL) afirmou que é pré-candidato a prefeito de Curitiba pelo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Porém, a sigla ainda avalia outros cenários para a disputa na capital paranaense durante as eleições de 2024.

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Nos bastidores da última reunião do partido em Curitiba, o nome de Paulo Martins (PL) ainda foi considerado o principal para a candidatura própria da maior legenda do país, o que depende do resultado do julgamento de cassação do senador Sergio Moro (União), ainda sem data definida no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).

Se o ex-juiz for cassado, Martins deve voltar a concorrer ao Senado na eleição suplementar estadual, o que abre a vaga na cabeça de chapa do PL para prefeitura de Curitiba. Bolsonaro chegou a afirmar que gostaria de ter candidato próprio em todas as capitais do país nas eleições de 2024.

Procurado pela reportagem da Gazeta do Povo, o presidente estadual do PL, Fernando Giacobo, respondeu por mensagem de texto que “não tem nada fechado” e que os nomes serão analisados “através de pesquisa” interna de intenção de votos.

Em entrevista à Gazeta do Povo, Ricardo Arruda disse que tem o apoio do partido e também o aval do ex-presidente. “Eu vinha falando com o Bolsonaro sobre isso e ele já tinha avalizado o meu nome. No mês de março, vamos pedir uma pesquisa para verificar como está a pontuação”, respondeu.

Segundo o deputado estadual, o PL tem o objetivo de eleger o maior número de prefeitos e vereadores conservadores no Brasil. “Curitiba é uma das capitais mais importantes do país e não podemos deixar a cidade na mão da esquerda. Eles vão avançar com pautas ideológicas. Se tiver prefeito e vereadores conservadores, nós vamos frear aqui”, afirma o parlamentar, que rechaça a fama de "radical".

No PL, o cenário mais remoto é o apoio da sigla ao pré-candidato Eduardo Pimentel (PSD), que terá o apoio do governador Ratinho Júnior (PSD). Nas últimas semanas, Bolsonaro vetou o apoio aos candidatos do PSD por causa da postura do presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, que tem sinalizado apoio às pautas do governo Lula.

Na avaliação de Ricardo Arruda, nem a proximidade de Ratinho Junior com o ex-presidente Bolsonaro deve mudar o quadro político nas alianças para as eleições deste ano na capital paranaense. “Não tem conversa. Isso está definido. Até porque o Bolsonaro já declarou que não apoia ninguém do partido do Kassab, que jogou contra o Bolsonaro para ganhar cargos, secretarias e ministérios. Então, não tem acordo”, comentou.

Crítico do PT, o deputado estadual também disse acreditar na cassação do senador Sergio Moro que, na opinião dele, é perseguido pelo presidente Lula (PT) em decorrência da prisão do petista na operação Lava Jato. “Ninguém tem dúvida. O Lula vai continuar com a sanha de ditador. Eles vão cassar o Moro. Então, o Paulo Martins vai fazer o trabalho para o Senado com o apoio do Bolsonaro. O PL tem o maior tempo de televisão e não pode ficar sem um nome que represente a direita [em Curitiba]”.

Nomeado como assessor do governador do Paraná no final de janeiro, Paulo Martins também foi procurado pela Gazeta do Povo, mas não retornou o contato até a publicação desta reportagem.

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