Com uma demanda estimada de 20 mil profissionais na área de Tecnologia da Informação (TI) no Paraná, a secretaria estadual de Educação (Seed) está com inscrições abertas para cursos gratuitos de programação, games e animação. São ofertadas 150 mil vagas para alunos da rede pública, das quais 50 mil já foram preenchidas.
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“Nosso intuito é tanto suprir essa demanda do mercado como dar a oportunidade para que os alunos da rede pública estejam prontos para essas vagas assim que saírem do Ensino Médio”, afirma Gustavo Garbosa, diretor do Departamento de Tecnologia e Inovação da Seed.
Somente na capital paranaense, segundo dados da plataforma Curitiba TI, há 110 vagas de emprego na área da tecnologia disponíveis atualmente. São cargos de suporte técnico, analista de sistemas, desenvolvedor de softwares, entre outras.
Uma pesquisa da consultoria IDC Brasil aponta que o mercado de Tecnologia da Informação e Telecomunicações (TIC) no Brasil deve crescer 7% em 2021, mesmo sob o impacto da pandemia. A estimativa, mostra ainda que, quando considerado apenas o mercado de TI, a previsão é de alta de 11% e, para Telecom, um crescimento de 2%. No mercado corporativo, que contempla software, serviços e hardware, a previsão é de alta de 10%.
“Em muitos casos não há profissionais aptos a preencherem essas vagas, tanto que em algumas instituições, como o Google, por exemplo, não mais se exige a formação universitária na área, desde que o candidato tenha conhecimento e experiência”, diz Garbosa.
Além de suprir a demanda de mercado, a Seed afirma que o estudo das linguagens computacionais também traz ganhos pedagógicos para os alunos, que passam a lidar melhor com matérias do currículo regular, em especial as exatas.
Segundo a secretaria, as aulas online são de adesão opcional pelos alunos da rede pública. O projeto, no entanto, é implantar o ensino da programação como disciplina regular no currículo das escolas. "É um primeiro passo ainda, mas a ideia é, no futuro, introduzir isso como uma disciplina nova. A tecnologia hoje faz parte do dia a dia das pessoas, e tudo demanda programação".
Atualmente, o projeto ocorre por meio de um contrato com a empresa Alura, de cursos online. Segundo a Seed o investimento do estado é de R$ 2,77 por aluno, por mês. Além da plataforma terceirizada, a estrutura para os cursos conta com a participação de 400 professores da rede estadual, que atendem como tutores das turmas, tirando dúvidas em reuniões online e fóruns de alunos.
Inscrições encerram no dia 12 de março
Podem se inscrever alunos da rede pública estadual, a partir do 6º ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio - há cursos específicos para alunos de cada faixa etária. Os cursos são online com uma carga de 4 horas semanais, divididas entre a visualização de videoaulas gravadas e a realização de reuniões com os professores tutores. Cada módulo tem a duração de três meses.
Para os estudantes que não possuem acesso a computador ou internet em casa, segundo a Seed, há ainda 400 escolas estaduais, espalhadas por todas as regionais de educação, com laboratórios de informática aptos a receberem os alunos interessados no contraturno.
Para alunos do Ensino Fundamental, os cursos são de games e animação. Para o Ensino Médio há cursos de programação em HTML, CSS, Java e Python, além de ciência de dados. As aulas começam no dia 22 de março. As inscrições podem ser feitas no site do programa, que também traz informações adicionais sobre os cursos.
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