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Sergio Moro
Sergio Moro| Foto: Divulgação/União Brasil

Entre os dez candidatos que disputaram a cadeira do Paraná no Senado nas eleições encerradas em outubro, Orlando Pessuti (MDB) foi quem “gastou” mais para obter cada um dos seus 63.784 votos, já que registrou uma despesa de campanha no valor total de R$ 1.718.721,11 (veja ranking logo abaixo). Ou seja, na prática, o ex-governador do Paraná teve um gasto de R$ 26,95 por voto.

Em sétimo lugar na disputa, Pessuti registrou uma receita de R$ 1.727.521,11. Mais de 90% da arrecadação vem do Fundo Eleitoral do MDB (R$ 1.605.000,00). Mas, o maior doador individual foi o próprio candidato, que injetou R$ 82.721,11 na sua campanha.

Já o candidato eleito para a vaga, o ex-juiz federal Sergio Moro (União), registrou um custo de R$ 2,61 por voto. É o valor mais baixo entre os três candidatos mais votados: além de Moro, Paulo Martins (PL) e Alvaro Dias (PODE). O prazo para os candidatos prestarem contas das suas campanhas à Justiça Eleitoral terminou no último dia 1º.

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Moro registrou a maior receita e também a maior despesa entre os dez candidatos. Ele arrecadou R$ 5.266.811,26 e teve uma despesa de R$ 5.103.465,24. Mais de 80% dos recursos foram transferidos pela direção nacional e estadual do União Brasil, via Fundo Eleitoral, Fundo Partidário e outros. Mas também houve doações individuais expressivas. A maior delas foi justamente do seu segundo suplente, o empresário Ricardo Augusto Guerra (R$ 259 mil). Os outros dois maiores doadores foram os empresários José Salim Mattar Junior (R$ 100 mil) e Rafael Melhin Abou Rejaile (R$ 100 mil).

Segundo mais votado na disputa, Paulo Martins ficou com dívida: ele apresentou uma receita de R$ 3.667.146,00 e uma despesa superior, de R$ 4.684.677,56. A maior parte da receita foi depositada pela direção nacional do PL: R$ 2 milhões do Fundo Eleitoral da legenda. Mas a direção estadual do PSD – sigla do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, eleitor de Paulo Martins -  também serviu como intermediária de doações de pessoas físicas, e que somaram mais R$ 725.100,00 para a campanha. Uma das doações é a do empresário Joel Malucelli, que transferiu R$ 5 mil a Paulo Martins e que, em 2014, foi eleito suplente do senador Alvaro Dias. Mas os maiores doadores da campanha de Paulo Martins, entre pessoas físicas, são os empresários Faissal Assad Raad (R$ 300 mil), José Salim Mattar Junior (R$ 250 mil) e Wilson de Almeida Junior (R$ 100 mil).

A segunda maior receita de campanha foi a do atual senador Alvaro Dias, que ficou em terceiro lugar na corrida e não conseguiu se reeleger. Ele arrecadou R$ 5.082.334,00 e registrou um gasto de R$ 5.040.440,50. A direção nacional do PODE retirou R$ 4.440.000,00 do seu Fundo Eleitoral para transferir para a campanha de Alvaro, o que representa 87,36% da receita total do candidato. Entre as doações de pessoas físicas, os dois maiores valores foram transferidos por empresários ligados ao ramo da Educação. O primeiro suplente na chapa de Alvaro, o empresário Wilson de Matos Silva Filho, doou R$ 440 mil. Ele é dono da UniCesumar. Já o empresário Wilson Picler, que já foi deputado federal, doou R$ 80 mil. Picler é dono da Uninter.

Menos dinheiro e menos voto

Quarto lugar na corrida, Rosane Ferreira (PV) apresentou uma receita de R$ 381.897,40, contra uma despesa de R$ 232.634,43. Embora fosse a candidata da federação formada pelo PT, PCdoB e PV, ela contou praticamente só com sua legenda, o Partido Verde, para colocar a campanha de pé. O Fundo Eleitoral do PV repassou R$ 348.547,40. Parte do Fundo Eleitoral do PT que abasteceu a campanha do candidato petista ao governo do Paraná, Roberto Requião, também contribuiu com R$ 32 mil. A própria candidata Rosane doou R$ 200,00.

Assim como Paulo Martins, as candidatas Desiree Salgado (PDT) e Aline Sleutjes (Pros), que ficaram em quinto e sexto lugar na corrida, respectivamente, também mostraram uma despesa superior à própria receita. A candidata pedetista registrou uma receita de R$ 1.544.770,00 (R$ 1,5 milhão saiu do Fundo Eleitoral do PDT) e uma despesa de R$ 1.690.202,73. Já a candidata do Pros registrou uma receita de R$ 874.649,13 e uma despesa de R$ 1.008.478,35. O Fundo Eleitoral do Pros depositou R$ 240 mil para a campanha de Aline. Mas, a maior doação individual foi da própria candidata. Aline, que hoje está no fim do seu primeiro mandato como deputada federal, doou R$ 132.500,00 para a própria campanha.

Já o candidato do Psol, Laerson Matias, gastou menos da metade da receita registrada, de R$ 141.685,93. A despesa não passou de R$ 65 mil (R$ 63.077,27). A fonte de quase a totalidade da receita foi o Fundo Eleitoral do Psol, que transferiu à campanha dele R$ 139.422,93. O próprio candidato também doou R$ 1.000,00.

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