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Eduardo Requião
Empresário ligado a “rei dos bitcoins” teria operado esquema em benefício de Eduardo Requião, segundo a PF.| Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

A Polícia Federal (PF) indiciou Eduardo Requião, ex-superintendente do Porto de Paranaguá, por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Ele teria, segundo a PF, recebido R$ 3 milhões em propina após a assinatura de um contrato de R$ 30 milhões entre uma empresa holandesa e o porto para a execução de serviços de dragagem no Canal da Galheta, em Paranaguá (PR).

Eduardo Requião comandou o Porto de Paranaguá entre os anos de 2003 e 2008, quando seu irmão, Roberto Requião (Mobiliza), era governador do Paraná. O ex-governador não é investigado pela PF. Após o indiciamento, a Polícia Federal encaminhou as investigações ao Ministério Público, que vai decidir se oferece denúncia à Justiça.

PF cumpriu mandados contra Eduardo Requião em maio

Em maio deste ano, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão e sequestro de bens contra Eduardo Requião durante a operação Serendipitia. Além dos mandados expedidos, a 14ª Vara Federal de Curitiba determinou o bloqueio de contas bancárias e de aplicações financeiras dos investigados. Segundo informações da PF, a investigação é um desdobramento da operação Daemon, contra uma quadrilha suspeita de aplicar golpes com a promessa de investimentos em criptomoedas.

A partir da investigação, a PF identificou fraudes no processo de recuperação judicial de empresas do grupo com manutenção da contabilidade paralela com auxílio de um empresário de Curitiba, que atuava em negócios portuários no estado do Paraná. O processo corre em segredo de Justiça e o nome do suspeito não foi divulgado oficialmente pela PF.

Em depoimento, ele confirmou a existência de um esquema para lavagem transnacional de ativos e evasão de divisas que tinha como beneficiário Eduardo Requião, que foi indicado para função de superintendente da empresa estatal, responsável pela administração dos Portos do Paraná, cargo que ocupou entre o período de 2003 e 2008. “A análise dos materiais apreendidos na operação Daemon validou as suspeitas e, após autorização judicial para uso das provas, instaurou-se novo inquérito policial”, disse a PF em comunicado à imprensa emitido na época da operação.

A reportagem está tentando contato com a defesa de Eduardo Requião.

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