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Uma nova estação meteorológica instalada no Pico Marumbi, ponto mais alto do parque estadual Pico Marumbi, em Morretes, deve ampliar a segurança de turistas, montanhistas e equipes que atuam em operações de resgate na Serra do Mar. O equipamento, ligado ao Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), chegou ao topo após uma operação complexa que envolveu mais de dez integrantes do Corpo de Socorro em Montanha (Cosmo) e um helicóptero do Instituto Água e Terra (IAT).
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A iniciativa complementa a estação meteorológica já existente na base do parque desde agosto. Juntas, as duas estruturas permitirão comparar o comportamento climático entre diferentes altitudes, oferecendo dados precisos sobre chuva, temperatura, pressão atmosférica, radiação solar, umidade e ventos. A atualização ocorre a cada 15 minutos, por meio de transmissão autônoma alimentada por energia solar. Para o Simepar, o conjunto de informações será fundamental tanto para o planejamento de trilhas quanto para a atuação de grupos de salvamento e para a aviação.
Após um voo de reconhecimento para avaliar os pontos seguros de pouso, o helicóptero transportou os equipamentos até o alto da montanha, onde voluntários do Cosmo aguardavam para concluir a operação. Em cerca de três horas, a estrutura foi montada e fixada às rochas com chumbadores químicos de secagem rápida.
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Segundo o Simepar, o relevo acidentado da Serra do Mar faz com que o tempo mude rapidamente, e apenas uma estação meteorológica em altitude consegue registrar essas variações com precisão. “Os dados vão servir diretamente para quem planeja subir a montanha e para quem trabalha em situações de emergência. É um avanço importante para segurança e pesquisa”, afirma Luiz Fernando Grodzki, coordenador de infraestrutura do Simepar.
A primeira estação meteorológica do parque, a Marumbi Base, já registrou acumulados significativos de chuva nos últimos meses, auxiliando pesquisadores e gestores na compreensão do regime climático local. Com a nova unidade entrando em fase final de testes, a expectativa é de que montanhistas e visitantes tenham acesso a informações mais detalhadas, tornando o planejamento das trilhas mais seguro em uma das regiões mais exigentes do montanhismo paranaense.
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