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Suspeita é de que menina que contraiu H1N2 em Rebouças tenha tido contato com a saliva de um porco infectado.
Suspeita é de que menina que contraiu H1N2 em Rebouças tenha tido contato com a saliva de um porco infectado.| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo / Arquivo

Após confirmação sábado (19) do segundo caso no Paraná em 2020 da rara infecção por H1N2, a família da menina de 4 anos que contraiu a gripe causada pela mutação do vírus Influenza A e as criações de porcos na cidade de Rebouças, no Centro-Sul do estado, estão sendo monitoradas por autoridades sanitárias. O Ministério da Saúde foi comunicado da infecção transmitida de suínos para humanos. Como a doença tem potencial pandêmico, o ministério tem que notificar a Organização Mundial de Saúde (OMS).

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A criança, cujo pai trabalha na criação de porcos, já está recuperada. Porém, a menina e mais 16 pessoas que tiveram contato com ela recentemente seguem monitoradas pela Secretaria Municipal de Saúde de Rebouças.

Apesar de não haver relatos de transmissão do H1N2 entre pessoas, apenas de porcos para humanos, a Secretaria de Saúde investiga a possibilidade de outros casos entre produtores de suínos da região, incluindo a cidade vizinha de Irati. O trabalho é feito por equipes da Vigilância Sanitária e Epidemiológica do município, que estão entrando em contato com os suinocultores para que façam o exame.

Segundo a secretária de Saúde de Rebouças, Tania Maria Selhorst, não é possível dizer exatamente como ocorreu a contaminação da criança. Uma das possibilidades é de que o vírus tenha sido transmitido no contato da menina com a saliva de um porco infectado. “O pai trabalha com criação de suínos e levava a criança para acompanhá-lo na alimentação dos animais”, conta Tania.

Força-tarefa para controlar o vírus

Ao dar entrada no Hospital Darcy Vargas com sintomas de gripe em 16 de novembro, a suspeita inicial era de Covid-19. No Laboratório Central do Estado (Lacen), o exame deu negativo para o novo coronavírus, mas apontou presença do vírus Influenza A. Na sequência, a amostra foi encaminhada ao laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, onde o sequenciamento de genoma confirmou que o vírus é do subtipo H1N2.

O caso da menina de Rebouças também será investigado por uma força-tarefa técnica formada pela Vigilância Sanitária do Paraná, Lacen, Ministério da Saúde, Ministério da Agricultura e Fiocruz. O grupo vai articular ações para investigar e controlar o caso. “Em meio à pandemia da Covid-19, qualquer novo vírus com potencial epidêmico identificado merece toda a atenção e imediata implementação de medidas de prevenção e controle”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, à Agência Estadual de Notícias.

O primeiro caso de H1N2 no Paraná foi detectado em abril, em uma mulher de 22 anos de Ibiporã, no Norte do estado, que se recuperou sem maiores consequências. Antes, apenas um caso havia sido notificado no Brasil, em 2016. Em 2005, a OMS emitiu alerta para o H1N2, após 26 pessoas se contaminarem no mundo, a maioria com quadros leves.

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