A ocupação total dos hotéis e pousadas na temporada de praia no Paraná está liberada, mas o aluguel de imóveis preocupa as autoridades sanitárias neste que é o pior momento da pandemia de coronavírus. Segundo o governo do Paraná, hotéis e pousadas têm controles sanitários fiscalizados para tentar conter a transmissão da Covid-19, o que não ocorre nas residências.
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A preocupação é com as aglomerações que costumam se formar com diversas famílias e amigos hospedadas na mesma residência. O risco é de que as infecções são só sobrecarreguem ainda mais os leitos já lotados do litoral, como também que os turistas levem o coronavírus para suas cidades. “Casa de praia é aquilo: chama os primos, amigos, um monte de colchão espalhado pela casa. Mas estamos pedindo para evitar isso. Fique só no seu núcleo familiar”, alerta a secretária municipal de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, em entrevista à RPC semana passada.
No lançamento sexta-feira (18) da operação verão, que nessa temporada vai se chamar Operação Verão Consciente para que os turistas se previnam da Covid-19, o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, não escondeu a preocupação com os imóveis para alugar. De acordo com o governo do estado, Matinhos, Guaratuba e Pontal do Paraná somam 83 mil imóveis de locação na temporada.
“A maior parte desses imóveis tem três, quatro cômodos que muitas vezes hospedam o dobro de pessoas que cabem ali realmente”, comentou o secretário estadual. “Por isso, insisto: quem puder, não vá para a praia nesta temporada”, repetiu mais uma vez Beto Preto no lançamento da Operação Verão Consciente.
Desde a semana passada o governo do Paraná vem pedindo para que os turistas evitem ir à praia, já que, mesmo com reforço de leitos, o sistema de saúde no litoral está sobrecarregado com pacientes de coronavírus antes mesmo da chegada dos veranistas.
Hotéis e pousadas
Se os imóveis para alugar preocupam na pandemia, Beto Preto acredita que os hotéis e pousadas não deverão causar maiores problemas. Tanto que o governo do estado e os municípios liberaram a ocupação total das hospedagens. “Não vejo hotel como principal problema porque nesse caso há regulamentos, com horário de entrada e saída dos quartos, de refeições”, alega o secretário estadual de Saúde.
De prevenção nas hostéis, os decretos municipais, como o de Guaratuba, definem quarentena de 24 horas nos quartos após a saída dos hóspedes. Após as 24 horas de quarentena, as janelas devem ficar abertas para ventilar a acomodação, que após todo esse processo deve ser higienizado.
PM promete agir
O secretário estadual de Segurança Pública, coronel Romulo Marinho Soares afirma que durante a temporada a PM vai agir primeiro orientado as pessoas a cumprirem as regras sanitárias. Mas enfatiza que se houver insistência no descumprimento, “a PM vai agir com a energia necessária”. “Quem insistir em desobedecer as medidas preventivas será enquadrado nos crimes de propagação de doença contagiosa e desobediência”, reforça o coronel Marinho.
No dia seguinte ao início da Operação Verão Consciente, a Polícia Militar (PM) já estourou a primeira festa clandestina da temporada de praia. Cerca de 200 pessoas se aglomeravam na noite de sábado (19) em uma casa noturna em Guaratuba, desrespeitando as medidas sanitárias de usar máscara e distanciamento social e o decreto estadual que proíbe a circulação de pessoas entre 23h e 5h do dia seguinte.
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