Algumas montadoras de veículos entraram em uma suspensão temporária na produção, o chamado lay-off, nesta semana. A paralisação temporária visa ajustar a produção à demanda do mercado, que ainda é baixa. Renault e Volkswagen, com fábricas em São José dos Pinhais (PR), e General Motors, em São José dos Campos (SP) e Mogi das Cruzes(SP), anunciaram a paralisação temporária.
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Segundo Adriana Ripka, doutora em Tecnologia e Sociedade e professora da Universidade Positivo, o lay-off é uma estratégia utilizada pelas empresas para evitar demissões em massa. “A medida em que vai diminuindo a demanda de alguns produtos, o mercado também consegue diminuir a produção. Em compensação, a parte de veículos acaba sendo muito mecanizada e para reduzir a parte de produção não é algo imediato”.
À medida que a demanda vai caindo, os estoques ficam altos. “Se tem muito produto para ofertar e não tem muita demanda, tem um momento que precisa parar a produção. O lay-off é uma medida que as fábricas paralisam a produção por um período e os funcionários não são demitidos”, disse Ripka.
“Até porque se a empresa faz uma demissão, quando precisa retomar tem problemas para reintegrar os funcionários, principalmente os qualificados”, complementou.
Ela ainda afirmou que muitas montadoras já estavam pensando em fazer essa paralisação. Porém, muitas esperaram o anúncio do programa de incentivo do governo. “Mas esse tipo de plano não tem uma mudança imediata na demanda”, falou a economista.
Apesar do programa de incentivo do governo, anunciado em junho, o impacto demora para chegar. “Há uma grande oferta e uma demanda com expectativa, mas não consegue suprir de imediato a venda desses veículos. A previsão de 2 ou 3 meses de lay-off é um período para alinhar a quantidade produzida com a demanda”, explicou.
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