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Dados da secretaria de saúde do estado indicam 433 novas mortes por Covid-19. Número se refere a óbitos ocorridos entre janeiro e abril
Dados da secretaria de saúde do estado indicam 433 novas mortes por Covid-19, divulgadas nesta quarta-feira (7). Número se refere a óbitos ocorridos entre janeiro e abril| Foto: Geraldo Bubniak/AEN

O número de mortes divulgado nesta quarta-feira (7) pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) ultrapassou os dados anteriores. Foram 433 novos óbitos causados pela Covid-19 no Paraná.

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Até então, o maior número tinha sido de 386 novas mortes, registradas no início do ano, no dia 7 de janeiro. De março para cá, porém, esse dado — que é divulgado diariamente pelo órgão estadual — não havia ultrapassado 309 mortes, segundo levantamento da Gazeta do Povo. Ao todo, o estado acumula 18.001 mortes desde o início da pandemia. 

De acordo com dados da Sesa, as vítimas foram 211 mulheres e 222 homens, com idades entre 18 e 102 anos. A maior parte (118) era de moradores de Curitiba, mas haviam pessoas que residiam em Ponta Grossa (26), Londrina (23), Paranaguá (13), Colombo (12), Maringá (12), Almirante Tamandaré (11), Pinhais (11), Fazenda Rio Grande (10), Cambará (8), Foz do Iguaçu (8), entre outras cidades.

Mortes ocorreram entre janeiro e abril

Embora seja um número alto, não significa que 433 pessoas morreram no Paraná nas últimas 24 horas ou em um único dia apenas. São registros de óbitos que ocorreram entre os dias 13 de janeiro e 7 de abril, segundo a própria Secretaria, e que foram divulgados apenas agora. 

A inclusão de dados retroativos é comum nos boletins do estado — seja para os dados de óbitos quanto de casos da doença. No boletim divulgado na terça-feira (6), as 282 mortes registradas também não ocorreram apenas ontem, mas entre os dias 21 de janeiro e 6 de abril de 2021. 

Em fevereiro, os números divulgados pela Sesa no dia 16, por exemplo, contavam com 4,8 mil casos a mais de Covid-19, que haviam ocorrido em Curitiba, e que estavam represados dos meses anteriores.

Com relação aos casos, porém, há um detalhamento de quando os diagnósticos foram feitos. No boletim divulgado nesta quarta-feira (7), por exemplo, há o registro de 4.490 novos casos confirmados da doença no estado. Destes, 2.897 eram referentes a abril, mas 1.420 eram de março, 73 foram identificados em fevereiro e 17 em janeiro. Os diagnósticos restantes eram de 2020, dos meses de abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, novembro e dezembro. Do início da pandemia até agora, o Paraná soma 863.790 casos confirmados da Covid-19. 

A explicação para tal represamento, segundo Bernardo Almeida, médico infectologista, está no repasse dos números das secretarias de saúde dos municípios ao órgão estadual. "A Sesa recebe informações dos municípios e, eventualmente, quando não enviam a totalidade das notificações, encaminham em um segundo momento os dados represados. É efeito de algum problema na dinâmica da integração do sistema de vigilância mesmo", afirma o especialista, que faz parte do Serviço de Epidemiologia do Hospital de Clínicas da UFPR.

Como a secretaria estadual depende desse repasse, pode haver esse aumento nos números que não representam o tempo real. "O dado de notificação não representa necessariamente o dado de ocorrência, e essa limitação deve ser considerada quando é feita uma análise", completa.

Embora haja também um atraso na divulgação dos resultados de exames de confirmação da Covid-19, os picos vistos nos boletins não podem ser justificados desta forma, segundo Almeida. "Tem esse atraso também de notificação pelo tempo do resultado do exame, mas isso não explica esses efeitos de picos, esses pontos fora da curva. Esses picos já ocorreram antes no estado e, via de regra, são devido ao represamento dos dados", conclui.

Mais de 4,6 mil internados

Há 2.589 pessoas com diagnóstico confirmado da Covid-19 internadas no Paraná. Destes, 2.056 estão em leitos SUS e 533 na rede particular. Há, porém, mais 2.610 pacientes internados que ainda não receberam o diagnóstico da doença, e aguardam os resultados dos exames, mas são considerados casos suspeitos.

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