A marca paranaense Bigadello lançou seu modelo de franquias na edição mais recente da ABF Franchising Expo, realizada em São Paulo no fim de junho. O foco da empresa é a expansão por meio de máquinas automáticas de venda de brigadeiros para todo o Brasil – a meta é implantar mais de 2 mil vending machines em todo o país.
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A marca foi criada em 2019 por Melina Kauss, então executiva de uma rede internacional de hotéis. Em entrevista à Gazeta do Povo, Mauro Castro, marido de Melina e sócio da empresa, explicou a origem do nome da marca. Tudo começou com um pedido feito pelo filho da chocolatier quando ele tinha 4 anos de idade.
“Ela sentia essa necessidade de passar mais tempo com os filhos, com a família. E um dia o caçula pediu: 'mãe, faz um bigadêlo pra mim'. Foi um pedido tão doce e tão sutil, porque o que ele queria era mais tempo com a mãe, mais coisas em família. Ela se comoveu, e esse foi o ponto de mudança na vida dela”, revelou.
A carreira estável de executiva foi substituída, então, pela iniciativa de empreender. O início da produção foi em casa, e a aceitação dos produtos foi tão grande que a comercialização passou da rede pessoal de contatos, parentes, amigos e vizinhos para o público em geral por meio de uma loja física.
“A partir dessa loja física surgiu a oportunidade de administrar uma cafeteria em um condomínio clube de Curitiba. A estrutura tem 730 apartamentos e um público potencial diário de cerca de 3 mil pessoas. Era praticamente um público de shopping center, e a Melina aceitou esse desafio”, contou Castro.
A ideia original da cafeteria se expandiu para um hub gastronômico, como explicou o sócio da Bigadello. O local passou a servir refeições, atender eventos e happy hour, mas a vontade de voltar aos doces foi maior, e o casal decidiu lançar uma máquina automática de venda de brigadeiros.
A iniciativa foi acompanhada por uma equipe de consultoria que ajudou os empreendedores desde a programação visual até a confecção das embalagens. A vending machine, instalada em 2023 em um dos maiores shoppings da capital paranaense, foi um sucesso, avaliou Castro.
“Foi uma inovação, porque é um dos doces mais tradicionais do Brasil vendido de uma forma totalmente automática. Isso possibilitou que as pessoas resgatassem aquela memória afetiva que todos nós temos com o brigadeiro por meio da tecnologia”, disse.
O interesse pelos produtos – com sabores que vão desde o tradicional chocolate até versões diferenciadas, como açaí e gorgonzola com goiabada, e sazonais, como brigadeiro de milho para as festas juninas – alçou a Bigadello para o ramo das franquias.
Com um faturamento de R$ 780 mil registrado em 2022, a marca projetou uma expansão para cinco vending machines no ano seguinte. A meta cresceu e hoje a expectativa é que 2 mil máquinas automáticas de brigadeiro sejam administradas pelos franqueados da marca.
Para garantir a qualidade dos produtos, os brigadeiros são produzidos na fábrica da Bigadello, e chegam aos pontos de venda congelados. “O franqueado não vai produzir, ele não vai nem manusear o material. Os doces são enviados de forma que o único contato seja para colocar o blister de brigadeiros dentro da embalagem de papel”, explicou Castro.
De acordo com o sócio da Bigadello, o potencial de faturamento das máquinas automáticas de brigadeiro é de R$ 15 mil mensais, com um lucro líquido estimado em R$ 5 mil por mês. Nas contas de Castro, o investimento inicial se paga em cerca de 18 meses.
Outro modelo de negócios oferecido pela marca é o de quiosques, em que o diferencial é o atendimento presencial e a venda de cafés especiais. Esta opção, segundo Castro, tem um potencial de faturamento de R$ 45 mil mensais, com lucro líquido estimado em R$ 15 mil por mês – o tempo médio de retorno, nas contas da marca, é de 24 meses.
“O nosso slogan é ‘brigadeiro, presente sempre’. Você pode presentear uma pessoa com o nosso produto, de tão bonita que é a embalagem. A Melina sempre me disse que gostaria que as pessoas enxergassem o brigadeiro como uma joia. É assim que nós tratamos os nossos produtos”, completou.
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