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Em União da Vitória, mais de 52 mil habitantes foram afetados por chuvas fortes e os consequentes alagamentos.
Em União da Vitória, mais de 52 mil habitantes foram afetados por chuvas fortes e os consequentes alagamentos.| Foto: Gilson Abreu / AEN

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, visitou nesta quarta-feira (1) a região de União da Vitória, fortemente atingida pelos temporais ocorridos no fim do mês de outubro no Paraná. Além de encontros com representantes da Defesa Civil do Paraná e de prefeitos de outras cidades atingidas pelas fortes chuvas, o ministro anunciou a liberação de R$ 2,1 milhões para ajuda humanitária em União da Vitória.

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Ao todo, o ministério já autorizou o repasse de quase R$ 5,2 milhões para seis das 34 cidades mais afetadas pelos temporais. De acordo com Góes, os recursos serão usados para a reconstrução de casas e pontes, reparos em escolas e outros prédios públicos e compra de cestas básicas e kits de higiene, dormitório e limpeza.

“Estamos dando continuidade a um trabalho que já vem sendo feito junto com o governo do estado, as prefeituras e a bancada federal muito antes dos desastres. Fizemos diversas reuniões para dar mais rapidez ao repasse de recursos aos municípios. Não podemos evitar que os eventos climáticos aconteçam, mas podemos atuar com disciplina e sinergia para atender com eficiência à população”, afirmou o ministro.

"Não podemos evitar que os eventos climáticos aconteçam, mas podemos atuar com disciplina e sinergia para atender com eficiência à população”, disse o ministro Waldez Góes.
"Não podemos evitar que os eventos climáticos aconteçam, mas podemos atuar com disciplina e sinergia para atender com eficiência à população”, disse o ministro Waldez Góes.| Gilson Abreu / AEN

Mais de 900 pessas seguem desabrigadas em União da Vitória por conta das fortes chuvas

Dados da Defesa Civil do Paraná mostram que desde o início do mês de outubro, 12 mil pessoas permanecem desalojadas e outras 1,9 mil estão desabrigadas no estado – uma pessoa morreu em decorrência dos temporais. Mais de 20,7 mil casas foram danificadas e 20 foram destruídas em 154 municípios atingidos pelos temporais.

Somente em União da Vitória, mais de 52 mil habitantes foram afetados por chuvas fortes e os consequentes alagamentos. Mais de 1,8 mil casas tiveram a estrutura danificada pela água, e segundo dados recentes da Prefeitura Municipal, mais de 900 moradores ainda estão desabrigados. O prefeito Bachir Abbas contabilizou os estragos e agradeceu ao apoio do MIDR.

“Desde o primeiro momento, a nossa população recebeu todo o apoio necessário do Governo Federal, do estado e dos parlamentares. Conseguimos o principal: dar dignidade para as pessoas que estão saindo das suas casas. Já foram liberados recursos e a gente vai conseguir passar por esse momento. Só temos a agradecer”, disse o prefeito.

Deputado vai pedir para que Governo Federal ajude empresas atingidas por temporais no pagamento de salários de trabalhadores

Em entrevista à Gazeta do Povo, o deputado federal e presidente da Comissão de Integração Nacional da Câmara dos Deputados, Nelson Fernando Padovani (União), disse que vai solicitar ao Governo Federal que dê apoio financeiro para que as empresas atingidas pelos temporais em União da Vitória paguem os salários dos funcionários.

Padovani acompanhou tragédias provocadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, e agora acompanhou a visita do ministro Waldez Góes ao Paraná. “Eu fui a esses lugares e comecei a entender que é preciso colocar no orçamento da União verbas para reconstrução de pontes, unidades de saúde, creches, tudo o que é destruído nesses desastres. Em cada um desses estados é mais de um bilhão e meio em prejuízos. A diferença é que aqui no Paraná as águas sobem e demoram a baixar, e isso causa um estrago considerável”, explicou.

Sobre a proposta de ajuda financeira do Governo Federal aos empresários, Padovani explicou que esse tipo de ajuda já foi feito pela União durante a pandemia de Covid-19. “Isso foi feito na pandemia e é necessário que seja feito novamente, por um ou dois meses. Não queremos que essas pessoas sejam demitidas, porque uma vez no seguro-desemprego é muito difícil ser realocada novamente. Nós queremos que o Governo Federal ajude, de alguma forma, essas empresas no pagamento dos salários para não haver demissões em massa”, revelou.

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