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Investimento de R$ 336 milhões

Obra do novo Contorno Sul avança e promete transformar mobilidade na Grande Curitiba

Com investimento de R$ 336 milhões, o novo Contorno Sul promete reduzir o tráfego e impulsionar o desenvolvimento na Região Metropolitana de Curitiba
Com investimento de R$ 336 milhões, o novo Contorno Sul promete reduzir o tráfego e impulsionar o desenvolvimento na Região Metropolitana de Curitiba (Foto: Divulgação/Governo do Paraná)

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O Paraná deu início a uma das maiores intervenções de infraestrutura viária dos últimos 30 anos. Trata-se da construção do novo Contorno Sul, eixo que integrará o futuro Corredor Metropolitano de Curitiba e promete desafogar o atual contorno, por onde circulam diariamente cerca de 70 mil veículos. A nova rodovia terá 9,5 quilômetros em pavimento de concreto, ligando a BR-476 (Araucária) à BR-116 (divisa entre Curitiba e Fazenda Rio Grande), com investimento de R$ 336 milhões do governo estadual, por meio da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep).

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O projeto prevê duas pistas em cada sentido, sete obras especiais — entre viadutos, trincheiras e pontes —, além de ciclovia ao longo de todo o trajeto. Segundo estimativas da Amep e do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR), a nova pista poderá reduzir em até 40% o tráfego do atual Contorno Sul, diminuindo também o tempo de deslocamento entre Curitiba e Fazenda Rio Grande em até 40 minutos.

“Nosso objetivo é criar uma ligação alternativa, mais rápida e segura, especialmente para o transporte de cargas. É uma obra que vai mudar a logística da Região Metropolitana”, afirma Gilson Santos, diretor-presidente da Amep.

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Logística, economia e transporte metropolitano devem ser beneficiados

Além de reduzir gargalos no entroncamento da BR-476, BR-376 e BR-116, o novo Contorno Sul é considerado estratégico para o escoamento da produção industrial e agrícola do interior paranaense e na conexão com o porto de Paranaguá. A expectativa é de melhora significativa na fluidez do tráfego pesado e na previsibilidade das operações logísticas — fatores que impactam diretamente na competitividade das empresas.

Santos destaca que o corredor também dialoga com o novo pacote de concessões rodoviárias do Paraná, atuando como rota alternativa para aliviar trechos concedidos, hoje saturados. “Complementa as concessões, especialmente as da Via Araucária e Arteris. É um investimento público pensado para resolver gargalos que as concessionárias, sozinhas, não conseguiriam superar devido à urbanização intensa da região”, explica.

A obra também abre caminho para novas linhas do transporte coletivo metropolitano, como a já existente ligação entre Araucária e Fazenda Rio Grande. O corredor deve futuramente integrar rotas que atendam São José dos Pinhais, Tijucas do Sul e Mandirituba, fortalecendo a conexão entre os municípios e reduzindo o tempo de viagem para milhares de trabalhadores da região.

Do ponto de vista econômico, o investimento já gera empregos diretos e indiretos durante os 30 meses de execução, mas o maior impacto virá no longo prazo, com a atração de indústrias e centros de distribuição para Araucária e Fazenda Rio Grande. “A infraestrutura é um atrativo natural para novas empresas. Esse eixo rodoviário vai transformar o perfil produtivo da região”, projeta o diretor da Amep.

Obra do novo Contorno Sul será feita em pavimento de concreto, projetado para ter vida útil superior a 20 anos antes da necessidade de grandes reparosObra do novo Contorno Sul será feita em pavimento de concreto, projetado para ter vida útil superior a 20 anos antes da necessidade de grandes reparos (Foto: Divulgação/Governo do Paraná)

Planejamento ambiental e social reduzirá impacto das obras do novo Contorno Sul

O projeto do novo Contorno Sul foi desenvolvido com um planejamento prévio que permitiu minimizar os impactos sobre as residências e empresas localizadas no traçado. Serão 86 propriedades desapropriadas, pertencentes a 36 proprietários, mas apenas oito edificações serão atingidas — cinco delas residenciais. “O trabalho técnico feito ao longo dos anos pela Amep preservou a faixa de domínio necessária, evitando o desalojamento de um número maior de famílias”, explica Santos.

No campo ambiental, a obra conta com 17 programas e planos integrados, que incluem ações de controle de erosão e assoreamento, monitoramento da qualidade da água e gestão de resíduos e efluentes. As intervenções em áreas próximas a mananciais terão barreiras de sedimentos, bacias de contenção e sinalização das Áreas de Preservação Permanente (APPs), além da manutenção preventiva dos maquinários para evitar vazamentos.

Durabilidade e expansão futura do corredor metropolitano

Com pavimento de concreto, o novo Contorno Sul foi projetado para ter vida útil superior a 20 anos antes da necessidade de grandes reparos — o dobro do tempo do asfalto convencional. Embora o custo inicial seja mais alto, o governo aposta na redução de despesas de manutenção ao longo do tempo e em uma rodovia mais segura e estável para o tráfego pesado.

A obra atual representa a primeira etapa de um corredor maior, que futuramente deve ligar a BR-476 à BR-376, ampliando a integração viária e o potencial logístico da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O projeto da segunda fase está em desenvolvimento, com estudos para licenciamento ambiental e definição do traçado.

“O novo Contorno Sul é mais do que uma nova estrada: é o primeiro passo de um planejamento regional integrado. Ele prepara a RMC para o crescimento das próximas décadas e cria condições para um desenvolvimento urbano e logístico mais equilibrado”, ressalta o diretor-presidente da Amep.

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