Com cerca de 30% da área colhida e 60% das lavouras na fase de maturação, já é praticamente certo que a safra de soja do Paraná neste ano será recorde, superando o melhor desempenho anterior, que foi no ciclo 2016/17. O novo patamar deve ser de 20,4 milhões de toneladas, contra 19,9 milhões obtidos há quatro anos. A soja é a principal cultura de verão do estado e ocupa 5,5 milhões de hectares, ou 91% da área total cultivada.
Depois de algum atraso no início do plantio, o clima colaborou no desenvolvimento vegetativo e na frutificação da leguminosa. A produtividade obtida até agora foi de 3.819 kg por hectare. E segundo o Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura, cerca de 30% da produção já está comercializada, valor acima da média das últimas três safras para esta época do ano. Com o dólar valorizado, a cotação da saca de soja se manteve nas duas últimas semanas em torno de R$ 77,00, contra R$ 69,00 no ano passado. Em relação ao milho, que ocupa 348 mil hectares nesta safra, a produção está estimada em 3,3 milhões de toneladas, um ganho de 5% na comparação ao ciclo de verão anterior.
Simultaneamente ao novo levantamento de safra no Paraná, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou nesta semana as projeções para o mercado de grãos no ciclo 2020/21 no hemisfério Norte. Apesar de aumento de 12% na área plantada nos EUA, a previsão é de que o preço da soja se mantenha estável, com ligeira alta de 1%, ficando na faixa de US$ 8,80 o bushel. Para o milho, em que deve haver aumento de área de 5%, a projeção para os próximos meses é de US$ 3,60 o bushel, valor 6% mais baixo do que a média de US$ 3,85 em 2019.
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