Uma área de floresta restaurada será transformada em parque em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. A iniciativa é da usina de Itaipu Binacional, dona do espaço que pretende transformar o terreno no mais novo atrativo de lazer e turismo da tríplice fronteira, com trilhas especiais de caminhada e bicicleta no meio da mata.
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O projeto do parque será escolhido em concurso nacional do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), entidade cuja banca definiu o projeto da estação de pesquisa do Brasil na Antártida em 2013. A área de 117 hectares - o equivalente a 117 campos de futebol - fica no perímetro urbano de Foz do Iguaçu. Como comparativo, o Parque Barigui, o maior de Curitiba, tem 140 hectares.
O parque será na Vila A, um dos bairros formados na construção da usina, localizado entre a própria hidrelétrica e o centro de Foz do Iguaçu. Essa foi a primeira área vegetal restaurada por Itaipu desde que a usina começou a operar em 1984 - semana passada a hidrelétrica alcançou a marca de 24 milhões de árvores nativas plantadas em 37 anos. Dentro do maciço vegetal restaurado e mantido por Itaipu no perímetro urbano corre um rio, o Arroio Jupirá.
"É uma área verde grande, no meio da cidade, onde haverá um complexo de trilhas já no conceito 5.0", explica o superintendente de Gestão Ambiental de Itaipu, Ariel Scheffer, referindo-se à proposta que visa o uso da tecnologia para o bem-estar das pessoas e suas necessidades. "Foz do Iguaçu tem muito verde pela cidade, mas pouco verde disponível para a própria população usufruir", reforça Scheffer sobre o que levou Itaipu a encampar o projeto.
No local já existe uma trecho para prática de mountain bike. Conhecida por Trilha do Vietnã pelo grau de dificuldade, o circuito será mantido e incrementado com a criação do parque, podendo até receber competições internacionais [leia mais abaixo]. As outras trilhas serão para diferentes tipos de caminhadas e educação ambiental.
Uma delas será para para caminhadas rústicas, com o frequentador do parque tendo a possibilidade de passear entre as árvores, passando por pontes e outros atrativos no meio da natureza.
A segunda pista será para educação socioambiental, com estimulantes sensoriais que permitirão experiência inclusive para pessoas autistas. Essas tecnologias e processos devem ser desenvolvidas dentro do próprio Parque Tecnológico de Itaipu. "Um dos objetivos dessa trilha é recebermos excursões de escolas para termos programas de educação ambiental com os estudantes", explica Scheffer.
A terceira pista será para exercícios físicos , com foco em pessoas que se recuperam de problemas vasculares, pulmonares ou qualquer outro quadro que exija recuperação cardiorrespiratória. A proposta é montar postos ao longo da trilha em que o visitante possa ter o rendimento do exercício físico avaliado por profissionais da saúde, como medição da pressão e outros cuidados. Para isso, a usina está em negociação com o Hospital Ministro Costa Cavalcanti, que é mantido pela fundação de Itaipu, para ceder profissionais de saúde que prestem esse serviço.
O parque também vai servir para pesquisas científicas da própria Itaipu e de universidades. Os estudos, aponta Scheffer, podem ser de caráter ambiental, de saúde e até de tecnologias a serem testadas no espaço. "A área já é uma floresta grande, isolada, que vai permitir atrair ainda mais fauna com os ajustes que faremos com o plantio de mais árvores. Queremos que o parque seja um laboratório de pesquisa a céu aberto, além de área de lazer", argumenta.
Turismo além das cataratas
Scheffer explica que o parque vai atender principalmente os próprios moradores de Foz do Iguaçu, que têm carência de áreas abertas de lazer, contando apenas com praças e o zoológico, além dos atrativos turísticos como as cataratas. Porém, o superintendente de Gestão Ambiental de Itaipu acredita que a estrutura também vá atrair turistas. "A ideia do parque é fazer com o que o turista não fique apenas no circuito Parque Nacional do Iguaçu, Parque das Aves e a própria usina. Que ele tenha mais uma opção de passeio", reforça.
"Queremos divulgar o parque como uma área especializada em trilhas, em especial de bicicleta. Foz do Iguaçu já tem um turismo internacional e nacional forte com as cataratas. Com o parque, podemos ampliar o turismo regional", avalia Scheffer. "Além disso, aqui em Foz e no Oeste do Paraná o público de trilha de bike já é forte. Com o parque, podemos estender isso para mais competições, inclusive internacionais", deslumbra o gestor de Itaipu
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