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Área verde restaurada por Itaipu no perímetro urbano de Foz do Iguaçu que vai virar parque.
Área verde restaurada por Itaipu no perímetro urbano de Foz do Iguaçu que vai virar parque.| Foto: Alexsandro Pinheiro/PTI

Uma área de floresta restaurada será transformada em parque em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. A iniciativa é da usina de Itaipu Binacional, dona do espaço que pretende transformar o terreno no mais novo atrativo de lazer e turismo da tríplice fronteira, com trilhas especiais de caminhada e bicicleta no meio da mata.

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O projeto do parque será escolhido em concurso nacional do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), entidade cuja banca definiu o projeto da estação de pesquisa do Brasil na Antártida em 2013. A área de 117 hectares - o equivalente a 117 campos de futebol - fica no perímetro urbano de Foz do Iguaçu. Como comparativo, o Parque Barigui, o maior de Curitiba, tem 140 hectares.

O parque será na Vila A, um dos bairros formados na construção da usina, localizado entre a própria hidrelétrica e o centro de Foz do Iguaçu. Essa foi a primeira área vegetal restaurada por Itaipu desde que a usina começou a operar em 1984 - semana passada a hidrelétrica alcançou a marca de 24 milhões de árvores nativas plantadas em 37 anos. Dentro do maciço vegetal restaurado e mantido por Itaipu no perímetro urbano corre um rio, o Arroio Jupirá.

Arroio Jupirá que corre dentro da floresta restaurada que Itaipu vai transformar em parque em Foz do Iguaçu.
Arroio Jupirá que corre dentro da floresta restaurada que Itaipu vai transformar em parque em Foz do Iguaçu.| Itaipu Binacional

"É uma área verde grande, no meio da cidade, onde haverá um complexo de trilhas já no conceito 5.0", explica o superintendente de Gestão Ambiental de Itaipu, Ariel Scheffer, referindo-se à proposta que visa o uso da tecnologia para o bem-estar das pessoas e suas necessidades. "Foz do Iguaçu tem muito verde pela cidade, mas pouco verde disponível para a própria população usufruir", reforça Scheffer sobre o que levou Itaipu a encampar o projeto.

No local já existe uma trecho para prática de mountain bike. Conhecida por Trilha do Vietnã pelo grau de dificuldade, o circuito será mantido e incrementado com a criação do parque, podendo até receber competições internacionais [leia mais abaixo]. As outras trilhas serão para diferentes tipos de caminhadas e educação ambiental.

Uma delas será para para caminhadas rústicas, com o frequentador do parque tendo a possibilidade de passear entre as árvores, passando por pontes e outros atrativos no meio da natureza.

A segunda pista será para educação socioambiental, com estimulantes sensoriais que permitirão experiência inclusive para pessoas autistas. Essas tecnologias e processos devem ser desenvolvidas dentro do próprio Parque Tecnológico de Itaipu. "Um dos objetivos dessa trilha é recebermos excursões de escolas para termos programas de educação ambiental com os estudantes", explica Scheffer.

A terceira pista será para exercícios físicos , com foco em pessoas que se recuperam de problemas vasculares, pulmonares ou qualquer outro quadro que exija recuperação cardiorrespiratória. A proposta é montar postos ao longo da trilha em que o visitante possa ter o rendimento do exercício físico avaliado por profissionais da saúde, como medição da pressão e outros cuidados. Para isso, a usina está em negociação com o Hospital Ministro Costa Cavalcanti, que é mantido pela fundação de Itaipu, para ceder profissionais de saúde que prestem esse serviço.

O parque também vai servir para pesquisas científicas da própria Itaipu e de universidades. Os estudos, aponta Scheffer, podem ser de caráter ambiental, de saúde e até de tecnologias a serem testadas no espaço. "A área já é uma floresta grande, isolada, que vai permitir atrair ainda mais fauna com os ajustes que faremos com o plantio de mais árvores. Queremos que o parque seja um laboratório de pesquisa a céu aberto, além de área de lazer", argumenta.

Turismo além das cataratas

Scheffer explica que o parque vai atender principalmente os próprios moradores de Foz do Iguaçu, que têm carência de áreas abertas de lazer, contando apenas com praças e o zoológico, além dos atrativos turísticos como as cataratas. Porém, o superintendente de Gestão Ambiental de Itaipu acredita que a estrutura também vá atrair turistas. "A ideia do parque é fazer com o que o turista não fique apenas no circuito Parque Nacional do Iguaçu, Parque das Aves e a própria usina. Que ele tenha mais uma opção de passeio", reforça.

Trilha do Vietnã, circuito de mountain bike que já existe na área onde Itaipu fará um parque em Foz do Iguaçu.
Trilha do Vietnã, circuito de mountain bike que já existe na área onde Itaipu fará um parque em Foz do Iguaçu.| Rubens Fraulini/Itaipu Binacional

"Queremos divulgar o parque como uma área especializada em trilhas, em especial de bicicleta. Foz do Iguaçu já tem um turismo internacional e nacional forte com as cataratas. Com o parque, podemos ampliar o turismo regional", avalia Scheffer. "Além disso, aqui em Foz e no Oeste do Paraná o público de trilha de bike já é forte. Com o parque, podemos estender isso para mais competições, inclusive internacionais", deslumbra o gestor de Itaipu

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