Mais de uma semana após a identificação do vazamento de nafta, um produto derivado do petróleo, no terminal Terin do Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná, a situação está previamente controlada. A Polícia Federal (PF) está investigando o caso e quer saber se o vazamento foi criminoso ou se ocorreu por negligência. Os primeiros sinais do vazamento foram identificados no dia 7 e, no último sábado (15), o Corpo de Bombeiros localizou oito novos pontos de ruptura do duto com cerca de cinco centímetros de diâmetro. Os pontos foram vedados com a utilização das chamadas braçadeiras.
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Em nota, a Terin destacou que vem colaborando com as investigações prestando “todas as informações técnicas para que a apuração seja a mais abrangente possível” e pontuou que investigações em acidentes desta natureza são comuns.
Nessa terça-feira (18), a Terin informou que não há mais produto nas tubulações nos pontos onde ocorreu o incidente. “Foi realizada uma operação nos dutos, sob a coordenação do Corpo de Bombeiros, com participação de membros do Plano de Ajuda Mútua do Porto de Paranaguá, Defesa Civil, Appa, terminais portuários, Polícia Civil, Guarda Metropolitana e Guarda Portuária. Iniciado no domingo, o procedimento técnico denominado pigagem foi finalizado nesta segunda-feira (17). A pigagem foi utilizada para retirar o produto da linha”, destacou a empresa. Apesar disso, ações preventivas seguem no local.
Para apurar causas e consequências do vazamento, a PF deflagrou na última semana a Operação Águas Carijó. A apuração “quer esclarecer as causas do desastre ambiental cujas consequências ainda não foram dimensionadas”, nas palavras do órgão. Foi cumprido mandado de busca e apreensão no navio responsável pelo transporte e bombeamento do combustível que vazou, com documentos e informações que devem ajudar a reconstituir e compreender o fato.
Famílias, controle e prevenção
O Corpo de Bombeiros explicou que, no fim de semana, ao realizar a ação de pigagem (colocação de uma estrutura cilíndrica na tubulação), empurrada com nitrogênio, foram detectados vazamentos. Como forma de prevenção, 36 residências foram evacuadas e mais de uma centena de pessoas deixaram suas casas por algumas horas. Todas retornaram às residências no mesmo dia. Outros seis domicílios que já haviam sido evacuados no domingo anterior seguem isolados.
Segundo o Corpo de Bombeiros no Paraná, foram feitas aferições e ainda há locais com índice elevado de explosividade. A corporação está em Paranaguá com um caminhão de combate a incêndio, um auto hidro químico, um posto de comando e um caminhão da Defesa Civil para montagem de um corredor de descontaminação de nafta.
Também como ação preventiva, a pesca no local deve ser evitada, segundo orientação do Instituto Água e Terra (IAT). Isso deve ocorrer em um raio de três quilômetros a partir do Pier Público de Inflamáveis da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).
Análises laboratoriais vão identificar se houve contaminação da água, pois a nafta é cancerígena. Composto derivado do petróleo, a nafta serve de matéria-prima para indústrias petroquímicas, usada na fabricação de substâncias como eteno, benzeno, propeno, tolueno e xilenos.
A Portos do Paraná informou que a operação de navios no Píer Público de Granéis Líquidos segue liberada e operando sem problemas. O acesso rodoviário aos terminais que operam nas “áreas de abrangência da emergência” também funciona normalmente.
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